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Petrópolis: crianças deram as mãos para colegas de escola com medo da enxurrada

Ruas enlameadas, ônibus caídos em córregos, inúmeros veículos uns sobre os outros, casas destruídas, falta de energia elétrica em diversos bairros e uma quantidade de mortos que só aumenta - eram 58 até o início da tarde desta quarta-feira, 16. Há ainda i

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.02.2022, 15:04:00 Editado em 16.02.2022, 15:12:10
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Ruas enlameadas, ônibus caídos em córregos, inúmeros veículos uns sobre os outros, casas destruídas, falta de energia elétrica em diversos bairros e uma quantidade de mortos que só aumenta - eram 58 até o início da tarde desta quarta-feira, 16. Há ainda incerteza sobre o total de desaparecidos, uma vez que não se sabe ao certo quantas casas estão soterradas no Morro da Oficina, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.

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A área foi a mais atingida pelas chuvas que caíram na cidade fluminense na tarde de terça, 15. Ao longo da madrugada e de toda a manhã, bombeiros, moradores e voluntários trabalharam no resgate de vítimas. No pé do morro, amigos e parentes aguardavam em vão por notícias, uma vez que o sinal de celular praticamente inexiste. "Vim por causa de um colega. A mãe e a filha dele, de cinco anos, estão soterradas", contou Letícia Jennifer, de 28 anos. "Meu colega ficou a noite toda ajudando a cavar. A casa está soterrada, ela tem três andares e o segundo está soterrado."

Letícia é tia de Emanuelle, uma das crianças que estava na escola José Fernandes da Silva, que fica na mesma área e que teve os fundos parcialmente destruídos. "Ela (Emanuelle) falou que foi horrível, que parecia filme de terror. A água batendo nela, as cadeiras. Um amiguinho ficava segurando a mão do outro, porque a correnteza estava muito forte."

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A mãe de Emanuelle só foi ter notícias da filha por volta das 22h, quando a encontrou no Pronto Socorro que fica ao lado. "Minha filha ficou soterrada, foi levada pra UPA cheia de barro, bebeu água de lama", narrou a dona de casa Dayana Gonçalves. "Ela me disse que os alunos agiram por conta própria. Muitos ficaram machucados, havia muitos em estado de choque. Minha filha está muito assustada e disse que não vai mais pra escola."

A costureira Sheila Mara Loiola, de 45 anos, também estava à espera de notícias sobre desaparecidos. Ela disse que acolheu muitas pessoas em sua casa desde a noite de terça. "Dois amigos nossos perderam a família inteira. Teve uma menina que só sobrou ela, não sobrou ninguém da família. Foi mãe, marido, todo mundo", lamentou.

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