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Pesquisadores encontram crânio de golfinho gigante na Amazônia

Os maiores golfinhos odontocetos (da família cetáceos com dentes) de água doce do mundo viveram na Amazônia durante a época do Mioceno, entre 23 milhões e 5,3 milhões de anos atrás. OPebanista yacuruna media entre 2,8 metros e 3,5 metros, enquanto os maio

Ramana Rech (via Agência Estado)

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Escrito por Ramana Rech (via Agência Estado)
Publicado em 21.03.2024, 13:34:00 Editado em 21.03.2024, 13:38:12
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Os maiores golfinhos odontocetos (da família cetáceos com dentes) de água doce do mundo viveram na Amazônia durante a época do Mioceno, entre 23 milhões e 5,3 milhões de anos atrás. OPebanista yacuruna media entre 2,8 metros e 3,5 metros, enquanto os maiores golfinhos de rio, hoje, chegam a, no máximo, 2,5 metros.

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Pesquisadores de várias partes do mundo encontraram o crânio da nova espécie no lado peruano da Amazônia, no Rio Napo, em 2018. A mandíbula do golfinho era longa e robusta, com grandes dentes. O estudo foi publicado na revistaScience Advance.

A fauna na região era bastante rica, com ampla variedade de peixes, tartarugas e crocodilos, além de pequenos e grandes mamíferos. Outra razão que explica o tamanho de gigante doPebanista yacurunaé a falta de competição e de predadores diretos.

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Esses golfinhos não eram os únicos gigantes da região. Durante o Mioceno, outros animais de grande porte também habitaram a região da Amazônia, como peixes e crocodilos.

O nomeyacurunadado a espécie faz referência a uma criatura mística aquática da Amazônia peruana. OPebanista yacurunaé o parente mais próximo dos dois golfinhos existentes do gênero Platonista, também de água doce. Ambos vivem na Ásia. Um deles é oPlatanista gangetica, que fica no Rio Ganges, e o outro chamado deP. minorhabita o Rio Indus.

As três espécies tem características morfológicas similares, que indicam um estágio de transição entre o habitat marinho e de água doce.

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Os dois gêneros compartilham parentes marinhos da família Platanistidae, que era bastante diversa e se espalhava por várias partes do mundo.

A família viveu seu pico de distribuição durante o início do Mioceno, quando o planeta esfriou. Mas o aumento do nível do mar, bem como a chegada de outras espécies competidoras fez com que esses animais ficassem restritos à água doce. Os registros fósseis dosPlatanistidae, no entanto, são raros, um dos fatores que dificulta o mapeamento da evolução histórica do gêneroPlatonista.

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