O Ministério da Agricultura interceptou 49 toneladas de uvas-passas contaminadas nos postos de fronteira de São Borja (RS) e Foz do Iguaçu (PR). Conforme comunicado da pasta, os produtos tinham como destino a fabricação de panetones e o fracionamento para venda ao consumidor final.
As cargas que seriam processadas na região metropolitana de São Paulo estavam contaminadas por Ocratoxina A, uma substância produzida por alguns tipos de fungos que, em condições ambientais adequadas, pode estar presente em produtos alimentares, como cereais, frutos secos, café, cacau, uvas, e processados, como vinho, cerveja ou sumo de fruta.
No caso da uva-passa, foi constatada pela fiscalização que uma das cargas apresentava quatro vezes o limite máximo permitido para a Ocratoxina. O coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Tiago Dokonal, disse na nota: "ao exceder o limite permitido de micotoxina o produto torna-se tóxico, sendo prejudicial à saúde".
O país de origem será notificado oficialmente pelo Ministério e as cargas serão devolvidas dentro de 30 dias. "O Ministério segue atento para assegurar produtos de qualidade na mesa do consumidor brasileiro, principalmente, nesta época de festas de fim de ano", destaca Dokonal.
Segundo o Ministério, a entrada de frutas secas, amêndoas, nozes e castanhas nas fronteiras são controladas pelas equipes da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e no mercado interno pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal.
O controle de micotoxinas de produtos importados é realizado pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) e pela rede credenciada. Somente após a análise é que são liberados para a comercialização no Brasil.
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