O Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná suspendeu por 90 dias a queima controlada em áreas rurais, incluindo lavouras de cana-de-açúcar, para conter o risco crescente de incêndios florestais. A medida, formalizada pela portaria nº 338/2024, foi publicada na segunda-feira, 9, no Diário Oficial do Estado e determina que usinas de açúcar e álcool comuniquem a proibição aos fornecedores de matéria-prima.
A suspensão ocorre em um contexto de alta vulnerabilidade para queimadas no Paraná, onde a estiagem se prolonga, a umidade do ar está abaixo do recomendado e as temperaturas são incomuns para o inverno.
Segundo dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a umidade relativa do ar caiu para 18,1% em Londrina, 19% em Loanda e 20% em Altônia.
Em Curitiba o índice é de 27%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda níveis entre 50% e 60% para garantir condições ideais de saúde.
O Corpo de Bombeiros relatou mais de 10 mil focos de incêndio no Estado entre janeiro e agosto de 2024, levando o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) a decretar situação de emergência devido à seca. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) está preparando uma resolução técnica sobre os efeitos da estiagem, enquanto a Defesa Civil emite alertas às unidades de bombeiros a respeito do aumento dos riscos de incêndio.
A recomendação às populações rurais é evitar qualquer tipo de queima, como para a limpeza de terrenos, e reportar imediatamente qualquer foco de incêndio ao Corpo de Bombeiros.
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