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Parada LGBT+ une bandeiras do Brasil e do arco-íris

A bandeira do arco-íris, símbolo da luta do movimento LGBT+, abriu espaço para a bandeira brasileira na abertura da 27ª Parada do Orgulho LGBT+ neste domingo, 11. No trio elétrico numero 1, chamado Avassalador, dois homens trans - um branco e um negro - t

Gonçalo Júnior (via Agência Estado)

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Escrito por Gonçalo Júnior (via Agência Estado)
Publicado em 11.06.2023, 14:53:00 Editado em 11.06.2023, 14:57:59
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A bandeira do arco-íris, símbolo da luta do movimento LGBT+, abriu espaço para a bandeira brasileira na abertura da 27ª Parada do Orgulho LGBT+ neste domingo, 11. No trio elétrico numero 1, chamado Avassalador, dois homens trans - um branco e um negro - tremularam duas bandeiras nacionais.

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A performance foi feita enquanto a jornalista Leonora Áquilla, coordenadora de políticas públicas para a população LGBTQIA+ da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, cantava uma versão do hino nacional usando a técnica lírica.

"Essa bandeira é de todo mundo. É hora de pegarmos de volta a bandeira do Brasil", disse a coordenadora.

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A abertura do evento, promovido pela Associação da Parada do Orgulho LGBT (APOLGBT/SP), com apoio institucional da Prefeitura de São Paulo, foi marcado pelo tom político. Ao longo de mais de uma hora de discursos, políticos comprometidos com a causa LGBT e líderes sociais fizeram várias críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Na visão deles, o ex-presidente promoveu retrocessos na luta pelos direitos da população LGBT+.

Em um momento da apresentação, a drag queen Tchaka, mestre de cerimônia, repreendeu um grupo de participantes que gritou o nome de Bolsonaro. "Nunca mais vamos falar o nome dele", criticou.

Neste ano, o mote da Parada LGBT+ aborda a escassez de políticas sociais para esse público. Sob o tema "Queremos Políticas Sociais Para LGBT+ por inteiro e não pela metade", o desfile tem como foco deste ano promover a inclusão da comunidade no acesso às políticas públicas de assistência social.

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A discussão aborda os diversos dilemas vividos pela população LGBT+, que se encontra em situação de rua, com a falta de moradia e empregos, pobreza e exclusão social.

Nos últimos anos, o evento tem sido criticado por pessoas da própria comunidade LGBT+, que acusam a Parada paulista de ter se tornado uma vitrine para as empresas e esquecido o caráter de protesto.

Início

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A 27ª Parada do Orgulho LGBT+ começou na manhã deste domingo, 11, muito antes do tradicional desfile de trios elétricos. Mais de duas horas do início oficial, centenas de participantes já se concentravam nas proximidades do Masp, na Avenida Paulista. A organização do evento esperava um público de 4 milhões de pessoas ao longo deste domingo.

As comerciantes Ana Vitória Fonseca, 18 anos, Laiane Souza, 22 anos, e Jonas Fonseca, 18 anos, vieram do Rio só para o evento. O ônibus desembarcou às 6h na Rodoviária do Tietê e elas chegaram às 9h na Avenida Paulista. E já tinha gente. "Fizemos amizade que chegaram cedinho. A ideia é fazer um esquenta antes da festa", diz Ana Vitória.

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O esquenta também motivou a atendente de telemarketing Dhayanne Oliveira a chegar antes das 10h. "É mais tranquilo para ver as pessoas e tirar fotos", diz.

Para quem chegou cedo, o aquecimento da Parada ficou por conta da escola de samba da Vai-Vai, que percorreu vários quarteirões da Avenida Paulista e arrastou uma pequena multidão.

Muita gente queria espaço para fotos, como o casal Antônio Ruiz, 38 anos, e Carlos Pedro, 54 anos. Eles fizeram várias poses na frente de arco-íris de bexigas coloridas no Masp.

Essa "pré-Parada" também atraiu famílias e crianças - todas com pelo menos uma peça colorida. A empresária Andreza Camargo, de 45 anos, desfilava com um carrinho de bebê coberto com uma colcha colorida. "Quis vir antes porque não vou conseguir andar com o carrinho no meio da muvuca", conta.

A concentração do público e dos 19 trios elétricos tinha previsão de seguir pela Rua da Consolação no sentido centro a partir das 13h. A dispersão deve ocorrer até as 18h nas imediações da Praça Roosevelt, na área central.

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