Depois de suspender pacotes e a emissão de passagens promocionais - medidas que afetaram clientes que já haviam contratado viagens -, a 123 Milhas foi à Justiça para não fechar as portas. Através de uma nota, a agência de viagens afirmou que fez um pedido de recuperação judicial.
A HotMilhas, empresa do mesmo grupo, e a Novum, que é sócia da 123 Milhas, também entraram com o pedido. A solicitação diz que eles "estão enfrentando a pior crise financeira desde duas respectivas fundações".
Segundo o documento, a 123 Milhas usa pontos e milhas para emitir passagens mais baratas. No entanto, segundo a defesa, "nos últimos anos, as vantagens que permitiam a emissão de bilhetes aéreos mais baratos, principalmente aquisições com milhas, vêm diminuindo gradativamente".
"A 123 Milhas se viu impossibilitada de emitir as passagens aéreas, pacotes de viagem e os seguros adquiridos pelos clientes do Programa Promo123, especialmente nos prazos contratados, motivo pelo qual entendeu por bem retirar o Programa Promo123 do ar e buscar, por meio do presente pedido de Recuperação Judicial, cumprir tais obrigações de forma organizada", diz um trecho do pedido.
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De acordo com o documento, a suspensão do programa promocional afetou "sobremaneira a credibilidade das requerentes perante o mercado, que viram suas vendas diminuírem drasticamente, assim como incrementaram o seu passivo, dado o vencimento antecipado de contratos com outros fornecedores".
Ainda conforme a defesa, a 123 Milhas é a principal cliente da HotMilhas, responsável por 90% de suas operações. Por isso, a crise de uma empresa afetou a outra.
Como ficam os clientes prejudicados?
A 123 Milhas afirmou que está devolvendo os valores pagos pelos clientes através de vouchers. Os itens podem ser trocados por passagens, hotéis e pacotes da própria agência.
No entanto, consumidores afetados denunciaram que estão impedidos de utilizar os vouchers em novas compras.
Segundo advogados, os consumidores têm direito a receber o dinheiro de volta, inclusive com correção de juros, ou exigir que a empresa cumpra o contrato.
Com informações do G1.
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