O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil pode precisar do petróleo da Margem Equatorial, com as cautelas que o Meio Ambiente deve impor. Segundo ele, o óleo extraído na região, muito provavelmente, será necessário. A exploração na região travou uma disputa entre as equipes de energia e meio ambiente do governo após o Ibama negar licença para a Petrobras perfurar um bloco na bacia da Foz do Amazonas. O ministro reforçou que é necessário colocar um freio no consumo de petróleo, mas não por falta do insumo. "Nós temos que ter petróleo até o momento que a gente não precise mais dele. Então, temos que correr com a outra a agenda, sem perder de vista que podemos precisar do petróleo da margem equatorial, com as cautelas que o meio ambiente deve impor à Petrobras." Segundo ele, a petroleira está "ultra disposta" a considerar essas ressalvas ambientais. Durante entrevista ao
, transmitido pela BandNews TV, o ministro fez um aceno ao presidente da estatal, Jean Paul Prates, ao citar investimentos em energia renováveis, como em eólicas. "Ele é um presidente da Petrobras diferente, porque tem vários projetos de lei como senador para patrocinar exploração de eólica offshore, onshore. Ele tem uma visão, ele sabe que o mundo vai mudar e que é irreversível. E, sabe também que, com cautelas devidas, pois o meio ambiente tem todo direito e dever até de impor as cautelas devidas."
Plano de transição ecológicaNa mesma entrevista, o ministro da Fazenda afirmou que tem defendido muito o plano de transição ecológica, pois vê uma oportunidade de alavanca para o desenvolvimento real para o País. Haddad citou investimentos da Petrobras em energia limpa, por saber que o petróleo "está com dias contados". "Pode durar 20, 30 anos, mas não é mais problema de quanto as reservas vão durar, é o problema de quanto a gente vai poder utilizar de petróleo, porque, na verdade, temos que sair dessa matriz", afirmou o ministro.
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