Foto por Video Tribuna
Um estudo polonês analisou 42 amostras de café e descobriu que um certo tipo da bebida pode ser um risco à saúde. Não é de hoje que há uma certa preocupação sobre os compostos do café instantâneo, isso porque a bebida contém duas vezes mais acrilamida do que o café moído - tal substância é formada durante o processo de torrefação e, em altas doses, é potencialmente cancerígena.
De acordo com a Agência de Normas Alimentares do Reino Unido, testes laboratoriais mostraram que a acrilamida na dieta causa câncer de pulmão e reprodutivo em animais e os cientistas concordam que ela tem o potencial de causar câncer em humanos também. Inclusive, a substância é encontrada em diversos alimentos, como batatas fritas, biscoitos e cereais, mas também no café, especialmente no café instantâneo, que passa por um processo de produção adicional.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classificou o elemento como um “provável carcinógeno” para humanos (Grupo 2A), com base em estudos em animais que mostraram uma ligação entre a exposição a altas doses de acrilamida e o desenvolvimento de câncer.
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A acrilamida no café é preocupante?
A presença de acrilamida no café instantâneo, embora seja uma questão legítima, não é necessariamente uma razão para pânico.
A quantidade de acrilamida encontrada no café instantâneo pode ser maior em comparação com o café filtrado ou expresso, mas ainda assim, é considerada baixa em termos de exposição alimentar total.
Para causar efeitos cancerígenos observáveis, seriam necessárias doses muito mais elevadas do que aquelas que os consumidores de café normalmente ingerem.
O estudo polonês realizado em 2013 concluiu que seriam necessárias cerca de 10 xícaras de café instantâneo por dia para que a ingestão de acrilamida se tornasse problemática.
O café instantâneo oferece outros riscos?
Além da acrilamida, o café instantâneo pode conter pequenas quantidades de outras substâncias que surgem durante o processo de torrefação, como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs) e furano, que também têm potencial cancerígeno em doses elevadas.
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No entanto, assim como a acrilamida, as concentrações desses compostos no café são geralmente baixas.
É importante notar que os benefícios do café em geral, incluindo o instantâneo, muitas vezes superam os potenciais riscos.
Estudos epidemiológicos sugerem que o consumo moderado de café pode estar associado a um menor risco de várias doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardíacas, Parkinson e até alguns tipos de câncer, como o de fígado.
Com informações do site Catraca Livre.
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