O apresentador Fausto Silva, o Faustão, foi submetido a um procedimento de embolização nesta semana. De acordo com nota divulgada por sua assessoria, o procedimento ocorreu para resolver questões linfáticas que estavam atrasando a sua recuperação. No dia 26 de fevereiro, o apresentador realizou um transplante de rim no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde segue internado desde então.
Ainda segundo a nota, apesar do transplante renal ter sido bem sucedido, o rim do apresentador ainda não começou a funcionar. Além disso, não há previsão de quando Faustão poderá voltar para casa.
O apresentador passou por um transplante de coração em agosto de 2023, no mesmo hospital. Conforme nota divulgada na época, Faustão sofria de insuficiência cardíaca.
O que é embolização?
É um procedimento médico usado para interromper o fluxo de sangue ou de linfa em alguma região, explica o cirurgião vascular Rafael Noronha, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. O mais comum, de acordo com o especialista, é que ele seja realizado em uma artéria ou veia, mas ele também pode ser feito em vasos linfáticos, como no caso do Faustão.
"A partir de um tubinho inserido no local específico do corpo, é possível aplicar substâncias que funcionam como uma cola para fechar o vazamento", explica. Esse tubo geralmente é inserido por meio de um pequeno corte feito na virilha ou braço.
De acordo com Noronha, trata-se de uma alternativa pouco invasiva que pode ser feita para tratar problemas de diferentes órgãos. "É comum fazer esse procedimento em casos de miomas (tumores benignos) uterinos, por exemplo", pontua. A condição feminina pode levar a intenso sangramento menstrual e a outros sintomas incômodos. Neste caso, a embolização é feita para interromper o fluxo sanguíneo que "alimenta" o mioma.
Em que casos a embolização é necessária?
Sobre as causas que podem ter levado ao procedimento no caso do Faustão, o especialista destaca que não é possível saber sem ter acesso aos exames e detalhes de saúde do apresentador. Apesar disso, de forma geral, Noronha explica que é possível que, após cirurgias de grande porte, como um transplante de rim, ocorram lesões nos vasos linfáticos que podem demandar uma embolização. A situação, no entanto, é rara, de acordo com o médico.
De qualquer maneira, é possível que a embolização colabore de forma geral com o quadro de saúde de pacientes que passaram por uma grande cirurgia. "Se o vazamento não for interrompido, é acumulado material linfático na região, o que pode resultar no agravamento do quadro e atrapalhar a recuperação do organismo em relação a outros procedimentos", destaca.
As situações mais comuns de uso da embolização são, além dos já mencionados miomas, tumores e aneurismas.
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