Navios de guerra russos chegaram nesta quarta-feira (12) ao porto de Havana, em Cuba. A frota irá participar de exercícios militares. As manobras remetem à Guerra Fria, um período de tensão geopolítica que durou entre 1947 e 1991. Os Estados Unidos, no entanto, informaram que o exercício não representa ameaça, mas admitiram que estão monitorando de perto a situação.
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Entre os navios de combate enviados para Cuba, dois têm capacidade nuclear e estão entre os mais modernos da Rússia.
No entanto, Cuba nega que armas nucleares estejam nas embarcações.
A frota enviada a Cuba contém quatro navios: navio de Guerra Almirante Gorshkov; submarino nuclear Kazan; navio de reabastecimento Pashin; e rebocador Nikolai Chiker.
Os navios Gorshkov e Kazan estão equipados com mísseis hipersônicos do tipo 3M22 Zircon, que tem alcance de 1.000 quilômetros e superam em nove vezes a velocidade do som. Eles também levam mísseis de cruzeiro Kalibr e mísseis antinavio Onyx, segundo o Ministério da Defesa russo.
A visita é interpretada analistas como uma demonstração de força da Rússia por conta da piora das relações do país com o Ocidente após o início da Guerra da Ucrânia.
A presença dos navios remonta à Guerra Fria, quando EUA e a então União Soviética (que continha a Rússia) lideraram uma corrida armamentista.
Um dos episódios famosos da Guerra Fria foi a Crise dos Mísseis Cubanos, em 1962, quando a URSS respondeu ao lançamento americano de mísseis na Turquia enviando mísseis balísticos para Cuba, o que elevou as tensões em todo o mundo para a possibilidade de uma guerra nuclear.
Com informações do G1
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