Maior navio da esquadra brasileira, o Atlântico atracou pouco antes do meio-dia desta quinta-feira, 23, no porto de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. A previsão é de que ele comece a atender a população local em seu hospital de campanha no meio da tarde. Antes disso, caminhões, escavadeiras e demais equipamentos transportados pela Marinha para auxiliar no resgate de vítimas e desobstrução de vias na região serão retirados da embarcação.
Pela manhã, o comando do navio se reuniu com os ministros Márcio França (Portos e Aeroportos) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) para alinhar o operação na região.
Na ocasião, o ministro Márcio França reiterou que as pessoas só devem se deslocar ao litoral norte de São Paulo "em caso de extrema necessidade".
Segundo ele, apesar de trechos da rodovia Rio-Santos já terem sido desobstruídos, a medida ainda é emergencial.
O ministro declarou ainda que uma das principais metas do governo federal é retirar moradias das encostas da região. "Ainda é uma coisa de emergência. A gente não pode recomendar que os turistas voltem pra cá. Ainda há um perigo de chuva por aqui, vai chover no final de semana. O ideal é que as pessoas não venham para o litoral norte, a não ser por extrema necessidade", afirmou.
O litoral teve 48 mortes por causa do temporal no feriado e ainda há desaparecidos.
Um sobrevoo pela região de São Sebastião está previsto para acontecer à tarde. As seis aeronaves transportadas pelo Atlântico deverão atuar nas regiões de acesso mais difícil.
Com a chegada do navio, conforme a Marinha, "será possível criar uma estrutura que reforçará o atendimento médico aos desabrigados, de forma a desafogar os hospitais da área, que estão priorizando casos mais graves". "Ao todo, mais de mil militares da Marinha estarão envolvidos nas ações", acrescentou.
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