O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse "não ter sentido" o aeroporto do Galeão ficar paralisado. Os voos no Rio de Janeiro estão concentrados no aeroporto Santos Dumont. Em sua avaliação, a preferência da população fluminense ao Santos Dumont é por uma "comodidade" das pessoas, mas é preciso agir com "inteligência" em relação ao tema.
"Não é preciso ser engenheiro ou gestor para saber que não tem sentido o aeroporto do Galeão ficar paralisado porque as pessoas, por comodidade, preferem sair do Santos Dumont", declarou o presidente, em cerimônia depois de visitar o Porto Maravilha e as obras do Instituto de Matemática Pura e Aplicada. "O Galeão foi construído para ser o aeroporto internacional, entrada de qualquer estrangeiro que quisesse vir ao Brasil."
A fala ocorre após o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, assinar a portaria que restringe o raio de voos com partida do aeroporto Santos Dumont para obrigar seu retorno ao aeroporto internacional do Galeão, um dos principais pleitos da classe política fluminense junto ao governo federal neste ano.
O acordo sobre os aeroportos foi articulado pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), após idas e vindas na última semana. Lula já havia sinalizado positivamente às restrições ao Santos Dumont em prol do Galeão, mas o ministério de Portos e Aeroportos refugiu, indicando a necessidade de aprovação de um projeto de lei a respeito no Congresso.
Lula ponderou que algumas pessoas não vão gostar da decisão pois "estamos tirando a comodidade deles saírem do Santos Dumont, ir para São Paulo e pegar um voo para os Estados Unidos". "Não, vai pegar aqui o voo e nós fazemos isso porque é necessário diversificar para criar, não comodidade, mas uma coisa mais inteligente."
Além de França e Paes, participaram da solenidade, entre outros, a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo. Também os ministros Rui Costa (Casa Civil), Camilo Santana (Educação), Márcio França (Portos e Aeroportos), Nísia Trindade (Saúde), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Márcio Macêdo (Secretaria Geral).
O presidente terá mais atividades no Rio na sexta-feira, 11. Ele lançará a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), acompanhado de ministros, governadores e outros políticos.
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