A mulher responsável por assassinar as próprias filhas, de 6 e 10 anos, prestou depoimento à Polícia Civil (PC), e, conforme o delegado que está à frente do caso, Daniel Moura, ela não se mostrou incomodada com o ato. Maria Alice e Lavínia Souza foram mortas pela mãe, Izadora Alves de Faria, na última terça-feira (27), em Edéia, Goiás.
“Na cabeça dela, ela tinha feito um bem para as crianças. Ela acha que livrou as meninas de viverem uma vida que ela viveu”, afirmou o delegado em uma entrevista ao G1.
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A mulher foi ouvida pelas autoridades na quarta-feira (28) e, na sequência, foi levada para o presídio de Israelândia, onde foi submetida a uma audiência de custódia e teve a prisão convertida para preventiva. Na decisão, o juiz Hermes Pereira Vidigal avalia que Izadora agiu de forma “fria, repugnante e cruel”, e que ela oferece risco se permanecer em liberdade.
Izadora explicou à polícia que envenenou, tentou eletrocutar as meninas dentro de uma caixa d’água com fios elétricos e, em seguida as afogou e deu facadas para garantir que elas tinham morrido.
Se condenada, Izadora pode pegar até 100 anos de prisão.
Detalhes sobre o caso
Duas meninas foram mortas na terça-feira (27) pela própria mãe, de 30 anos, em Edéia, Goiás. A mulher confessou à Polícia Militar (PM) que envenenou, afogou e depois esfaqueou as filhas, identificadas como Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 10.
Conforme as informações das autoridades, o crime aconteceu por volta das 9h. Os corpos de Maria Alice e Lavínia foram encontrados pelo pai delas no horário de almoço, que foi o momento em que ele retornou para casa.
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A prisão da responsável pelo crime aconteceu por volta das 22h. Ela estava em uma área de mata. Após ser capturada, as equipes de segurança a encaminharam para um hospital, onde recebeu alta nesta quarta-feira (28).
A equipe de reportagem do Metrópoles conversou com o delegado que está á frente do caso, Daniel Moura, que deu detalhes sobre o ocorrido. De acordo com o delegado, havia um frasco de veneno para rato aberto e outro fechado, uma caixa d'água cheia com uma extensão elétrica ligada dentro, como se a acusada tivesse a intenção de eletrocutar as filhas.
“Os corpos das vítimas estavam na área da frente da casa, em cima de um colchão e cobertos por um lençol, com sinais de lesão por arma branca [faca]. Cada uma estava com um ferimento na região do tórax”, afirmou o delegado. O casal vivia na residência com as crianças.
As autoridades buscam saber o que motivou a mulher a matar as próprias filhas.
De acordo com Moura, o pai das meninas encontrou as duas mortas ao chegar em casa para levar alimentos. “Ele está totalmente abalado por causa das circunstâncias do crime. Está perplexo”, contou o delegado.
“Ele [o pai] se deparou com o portão trancado, mas disse que estranhou porque tinha deixado o portão aberto. Ela [Izadora] não respondeu, e ele ficou meia hora chamando do lado de fora. Quando conseguiu entrar, ele viu na área um colchão e um cobertor por cima. Ao perceber os sinais de sangue, tirou o cobertor e viu as duas filhas mortas”, relatou Moura.
O delegado diz que a linha de investigação está bem adiantada, considerando a forma como o crime foi praticado e “a faca utilizada para matar as meninas”. Moradores relataram aos policiais que a relação do casal era “conturbada” e que ela havia iniciado tratamento psicológico, mas que suspendeu há alguns meses.
Com informações do G1 e Metrópoles.
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