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Mulher encontra irmão que estava desparecido há 30 anos

Cícero Marques da Silva, de 58 anos, é o primeiro desaparecido encontrado vivo no Brasil, através da coleta de DNA de parentes de pessoas que sumiram.

Da Redação

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Mulher encontra irmão que estava desparecido há 30 anos
Icone Camera Foto por Reprodução/TV Globo
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.09.2021, 12:24:53 Editado em 13.09.2021, 12:24:51
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A agricultora Antônia Marques da Silva, encontrou o irmão que estava desaparecido há 30 anos. Cícero Marques da Silva, de 58 anos, era morador de rua, e foi o primeiro desaparecido encontrado vivo no Brasil por meio da coleta de DNA de parentes de pessoas que sumiram sem deixar pistas.

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Antônia mora em Lajedo, no Agreste de Pernambuco, mas Cícero foi encontrado em outra cidade, distante cerca de cem quilômetros, e vivendo com outro nome. Era conhecido como Francisco e foi achado na Rua Francisco de Assis Macena, no Centro de Arcoverde, no Sertão do

Ele vivia nas calçadas do município foi identificado após o cruzamento de DNA feito pela Polícia Científica de Pernambuco durante a campanha de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (saiba mais abaixo sobre essa iniciativa).

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O policial militar aposentado Carlos Lopes, de 58 anos, conhecia Cícero desde o século passado. “Em 1999, comecei o contato com ele. Foi logo quando ele chegou aqui [ao município]”, contou.

Homem de poucas palavras, Cícero nunca explicou como foi parar em Arcoverde, apesar de dormir em calçadas da cidade há vários anos. Além disso, não tinha contato com parentes nem documentos que comprovassem a real identidade dele.

Em junho deste ano, Cícero machucou o ombro em uma queda. Ele foi socorrido e a ajuda veio em forma de mutirão: bombeiros, enfermeiros e barbeiro... todo mundo ajudou. “Eu fiquei abismado, fiquei admirado”, disse Cícero, que afirmou ter passado oito anos sem cortar o cabelo e a barba.

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A única pista que Carlos tinha sobre Cícero era que ele tinha comentando, uma vez, que nasceu em Lajedo. O policial aposentado resolveu, então, levá-lo até o município. Quando chegaram na cidade, Cícero reconheceu o nome de uma praça do local.

“Quando a gente veio caminhando com ele, ele falou o nome da praça, Praça Finado Simples, que até então era outro nome. Foi quando a gente realmente não tinha nenhuma dúvida de que ele era de Lajedo”, relatou Carlos.

Em seguida, o policial aposentado parou na frente da Igreja Matriz de Santo Antônio. As portas estavam abertas, pois estava acontecendo uma missa. Carlos resolveu entrar e pedir ao padre para falar no púlpito.

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Carlos apresentou o homem aos fiéis, e a notícia se espalhou pela cidade. Antônia soube disso dois dias depois e ficou muito interessada porque fazia quase três décadas que não tinha notícia de um irmão dela. A agricultora procurou assistentes sociais.

Todo mundo chamava o homem de Francisco, mas o irmão de Antônia se chamava Cícero. O tira-teima ocorreu na cidade de Arcoverde. “A gente entrou em contato com a Polícia Científica para que esse exame de DNA pudesse ser feito”, firmou Ricardo Menezes, coordenador do Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Arcoverde.

Antônia e Cícero tiveram a saliva colhida, cada um em uma cidade. Os materiais biológicos colhidos por peritos da unidade da Polícia Científica foram encaminhados para o Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, no Recife. A comparação da análise do material genético afastou qualquer dúvida e confirmou que eles dois eram irmãos.

Com ajuda da ciência, Antônia conseguiu dar um fim à busca pelo irmão Cícero, que passou a morar com ela em Lajedo desde então.

Com informações: G1

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