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Mulher de Poze do Rodo é alvo de operação contra lavagem de R$ 250 milhões do CV

A influenciadora Vivi Noronha, mulher do MC Poze do Rodo, está entre os alvos de uma operação, nesta terça-feira, 3, contra um núcleo financeiro do Comando Vermelho (CV) responsável pela lavagem de mais de R$ 250 milhões, segundo a Polícia Civil do Rio de

José Maria Tomazela (via Agência Estado)

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Escrito por José Maria Tomazela (via Agência Estado)
Publicado em 03.06.2025, 12:02:00 Editado em 03.06.2025, 12:09:16
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A influenciadora Vivi Noronha, mulher do MC Poze do Rodo, está entre os alvos de uma operação, nesta terça-feira, 3, contra um núcleo financeiro do Comando Vermelho (CV) responsável pela lavagem de mais de R$ 250 milhões, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

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O cantor foi preso no último dia 29 por suspeita de apologia ao crime e envolvimento com o CV, mas obteve habeas corpus e foi solto nesta segunda, 2.

De acordo com a investigação, Vivi e sua empresa figuram como beneficiárias de recursos da facção recebidos através de empresas "laranjas". Um homem procurado pelo FBI por lavar dinheiro para o grupo terrorista Al-Qaeda também é alvo da operação.

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A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Vivi Noronha. Nas semana passada, após a prisão do marido, ela postou uma imagem segurando um cartaz contra a criminalização do funk: "Justiça, paz e liberdade. Fora o racismo. Mc não é bandido".

Desde o início da manhã, policiais civis cumprem mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. A ação inclui ordens de bloqueio de bens e valores de 35 contas bancárias. Segundo a polícia, o dinheiro é proveniente do tráfico de drogas e da comercialização de armas de uso restrito.

O esquema utilizava pessoas físicas e jurídicas para dissimular a origem ilícita dos valores, investidos na compra de fuzis, cocaína e na ampliação do poder territorial da facção em comunidades.

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Morte de traficante conhecido como 'professor'

As investigações apontaram que Phillip Gregório da Silva, o "Professor", morto com um tiro na cabeça, na noite de domingo, dia 1º, realizava eventos como o "Baile da Escolinha" para cooptar integrantes da comunidade e captar recursos para o tráfico de drogas e armas.

Segundo a polícia, ele tinha papel importante na estruturação de empresas de fachada para dar aparência legal ao dinheiro sujo. A morte do "Professor", anunciada como suicídio, é investigada.

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Segundo a investigação, as análises financeiras apontam que valores provenientes do tráfico de drogas e de operadores de lavagem de capitais da facção foram canalizados para contas bancárias ligadas à influenciadora Vivi, que passou a ser um dos focos centrais do inquérito.

"A posição dela na estrutura criminosa é simbólica, pois representa o elo entre o tráfico e o universo do consumo digital, conferindo aparente legitimidade a valores oriundos do crime organizado e ampliando o alcance da narcocultura nas redes sociais", diz a polícia do Rio.

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As investigações apontam ainda que um restaurante situado estrategicamente em frente ao local onde é realizado o "Baile da Escolinha" funcionava como ponto de lavagem de dinheiro do tráfico. O local era utilizado como polo logístico e símbolo do poder da facção, conectando a vida noturna da comunidade à engrenagem financeira do CV.

A investigação descobriu que um dos homens que remetiam dinheiro para uma produtora de bailes funk ligada à facção carioca era procurado pelo FBI, principal agência de investigação da polícia americana. Mohamed Farah de Almeida é apontado pelo FBI como operador de valores para o grupo terrorista Al-Qaeda. Os dados sobre Mohamed foram obtidos pela polícia do Rio através da cooperação internacional.

Também foi identificado nas análises financeiras um segurança pessoal do traficante Edgar Alves de Andrade, o "Doca", chefe da facção no Complexo da Maré. "Doca" é suspeito de ter participado do ataque uma delegacia da Polícia Civil do Rio, em fevereiro deste ano. Ele teve a prisão decretada e está foragido. A reportagem não conseguiu contato com sua defesa.

A operação mobilizou policiais da Delegacia de Roubos e Furtos, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes e do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.

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