De alguns anos para cá, a população mundial observou uma mudança nas tendências climáticas. Um dos acontecimentos mais notados, por exemplo, é a elevação da temperatura média global.
O Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (no inglês, Copernicus Climate Change Service) aponta que os valores atingiram recordes por 12 meses seguidos (junho de 2023 a maio de 2024).
No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou um relatório que indica que existe 80% de probabilidade de que a temperatura média global anual exceda temporariamente em 1,5°C os níveis pré-industriais durante pelo menos um dos próximos cinco anos. A temperatura média global próxima à superfície deve ser entre 1,1°C e 1,9°C mais alta entre 2024 e 2028, comparada com o período de referência 1850-1900.
- LEIA MAIS: Veja como fica o clima nesta quarta-feira (3) em Apucarana
“A OMM está soando o alarme de que iremos ultrapassar o nível de 1,5°C numa base temporária e com frequência crescente. Já ultrapassamos temporariamente este nível em meses individuais – e de fato em média ao longo dos últimos 12 meses. No entanto, é importante sublinhar que violações temporárias não significam que a meta de 1,5 °C seja permanentemente perdida porque isto se refere ao aquecimento a longo prazo ao longo de décadas”, disse em comunicado a vice-secretária-geral da OMM, Ko Barrett.
Mudança climática letal
A agência governamental Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (no inglês, NASA) divulgou um estudo que mostra quais são as 5 regiões do planeta mais perigosas e propensas a passarem por eventos de calor extremo, tornando inabitável até 2050.
A tolerância máxima de um ser humano a uma temperatura de bulbo úmido é de 35°C por seis horas, porém, a NASA registrou inúmeras ocorrências ultrapassando esse valor, principalmente no Paquistão e no Golfo Pérsico. A temperatura de bulbo úmido é a temperatura que se sente quando a pele está molhada e exposta a elevados níveis de umidade relativa do ar.
📲 Clique aqui e receba nossas notícias pelo WhatsApp ou convide alguém a fazer parte dos nossos grupos
Em condições muito úmidas, o suor tende a evaporar lentamente e, às vezes, nem evapora. Se o corpo não puder esfriar, ele acabará superaquecendo, o que pode provocar problemas respiratórios e cardiovasculares.
Sul da Ásia:
Essa região já está sofrendo com o aquecimento global, visto que algumas áreas ultrapassaram o nível crítico de temperatura do bulbo úmido nos últimos 15 anos. E tais condições tendem a piorar nos próximos 20 anos, expondo milhões de pessoas em risco.
Golfo Pérsico:
A combinação do calor extremo e da alta umidade pode tornar esta região inabitável em alguns anos, uma vez que países localizados no Golfo Pérsico já enfrentam intensas ondas de calor e extensos períodos de seca.
Costa do Mar Vermelho e Leste da China:
Em ambas regiões, o índice de bulbo úmido estará alto demais para sobreviver até 2070. À medida que a temperatura do bulbo úmido se aproxima da sua temperatura interna, você perde a capacidade de se resfriar, provocando mudanças no corpo humano e estresse no sistema cardíaco.
Brasil:
A parte central do país e a região Amazônica tendem a sofrer um aumento drástico na temperatura e umidade até 2070. Nos últimos meses, observamos uma frequência e intensidade maior de eventos de onda de calor, principalmente na região central, além do norte do país, no qual vem sofrendo com uma seca histórica.
Com informações Meteored.
Deixe seu comentário sobre: "Mudança climática letal afetará algumas regiões do Brasil, aponta NASA"