O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação do influenciador digital Júlio Cocielo pelo crime de racismo, em decorrência de algumas publicações de teor racista realizadas no perfil do comediante no X, antigo Twitter, entre os anos de 2011 e 2018.
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O caso teve início durante a Copa do Mundo de 2018, quando Cocielo disse que o francês Killian Mbappe “conseguiria fazer uns ‘arrastão top’ na praia”. Com a repercussão negativa, o influenciador apagou a postagem e publicou um pedido de desculpas. Após este caso, Júlio apagou mais de 50 mil tweets.
Esse texto de arrependimento foi interpretado como prova da “intenção deliberada de Cocielo em praticar os crimes quando postou os conteúdos no Twitter,” segundo o MPF.
Além disso, Cocielo também teria escrito que o Brasil seria mais lindo “se não houvesse frescura com piadas racistas, mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros” - e ainda - “nada contra os negros, tirando a melanina…”.
Confira o posicionamento do MPF: “Ainda que o réu seja humorista, não é possível vislumbrar tom cômico, crítica social ou ironia nas mensagens por ele publicadas. Pelo contrário, as mensagens são claras e diretas quanto ao desprezo do réu pela população negra. O réu, sem qualquer sutileza, reforça estereótipos da população negra – miseráveis, bandidos e macacos – não havendo abertura, em seu discurso, que permita entrever alguma forma de sátira (…) Não é humor; é escárnio".
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O influenciador não falou sobre o assunto. Ele deve ser levado à julgamento e, caso condenado, poderá ser preso por até cinco anos por cada postagem analisada no processo.
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