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Motorista da Porsche vira réu por homicídio doloso triplamente qualificado

A Justiça de São Paulo aceitou, nesta terça-feira, 6, a denúncia do Ministério Público e tornou réu o empresário Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, que atropelou e matou o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21, na Avenida Interlagos, na zona

Luccas Lucena (via Agência Estado)

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Escrito por Luccas Lucena (via Agência Estado)
Publicado em 06.08.2024, 18:46:00 Editado em 06.08.2024, 18:49:54
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A Justiça de São Paulo aceitou, nesta terça-feira, 6, a denúncia do Ministério Público e tornou réu o empresário Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, que atropelou e matou o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21, na Avenida Interlagos, na zona sul da capital. A promotora responsável também solicitou indenização a ser paga à família de Pedro.

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O Estadão tenta contato com a defesa do motorista. Na segunda-feira, 29, o advogado Carlos Bobadilla negou intencionalidade e chamou o ocorrido de "fatalidade". "Infelizmente, nós tivemos uma fatalidade no dia de hoje. O Igor estava voltando do seu trabalho com a namorada. O Igor não havia ingerido qualquer bebida alcoólica, qualquer entorpecente, e infelizmente aconteceu esta fatalidade", disse ele.

Na denúncia da promotora Renata Mayer, é apontado que o agora réu agiu por motivo fútil, com meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Segundo ela, Sauceda se "irritou" com a colisão do motociclista com o seu carro.

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"Irritado com a situação, Igor passou a perseguir a vítima e, ao conseguir alcançá-la, bateu violentamente contra a traseira da motocicleta em que Pedro estava, o qual ficou embaixo do veículo do denunciado e foi arrastado por alguns metros", diz um trecho da denúncia.

A promotora afirma que o crime foi praticado por "motivo fútil". "O crime de homicídio foi praticado por motivo fútil, na medida em que Igor deliberou matar Pedro somente porque se irritou com o fato dele ter danificado o seu carro durante uma colisão de trânsito."

Ela também cita que o crime foi praticado com "emprego de meio cruel". "Igor acelerou o carro que conduzia na direção da motocicleta conduzida pela vítima, a atropelou e arrastou por alguns metros, provocando atroz e desnecessário sofrimento a Pedro, além de revelar brutalidade fora do comum e em contraste com o mais elementar sentimento de piedade."

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"O denunciado empregou, outrossim, recurso que dificultou a defesa da vítima, na medida em que colheu Pedro de forma absolutamente surpreendente e pelas costas, pois o atropelou em alta velocidade e atingindo primeiro a parte de trás de sua motocicleta", aponta Renata Mayer.

Agredido por familiares de Pedro dentro da delegacia, Igor não representou contra eles e, por isso, não houve denúncia de lesão corporal pelo episódio. "Deixo de requisitar a instauração de inquérito policial para apuração dos fatos, pois Igor não exerceu seu direito de representação contra eles e, como é cediço, a investigação neste caso está condicionada a representação do suposto ofendido."

Sauceda disse em depoimento à polícia que passou a perseguir Pedro Kaique porque o motociclista teria quebrado o retrovisor do carro de luxo. O empresário disse também em depoimento à polícia que trafegava em uma velocidade entre 60km/h e 70km/h, pouco acima do permitido na Avenida Interlagos.

No entanto, imagens de uma câmera de monitoramento mostram a Porsche em alta velocidade. Os registros não captaram o momento em que Pedro Kaique teria quebrado o retrovisor do Porsche.

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