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Morte de miliciano leva a maior ataque a ônibus da história do Rio

Ao menos 35 ônibus foram incendiados na tarde desta segunda-feira, na zona oeste do Rio, segundo a prefeitura da capital e a polícia fluminense. O governador Cláudio Castro anunciou que 12 homens foram presos colocando fogo nos coletivos. Segundo a Pol

Fabio Grellet e Roberta Jansen (via Agência Estado)

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Escrito por Fabio Grellet e Roberta Jansen (via Agência Estado)
Publicado em 24.10.2023, 07:02:00 Editado em 24.10.2023, 07:07:42
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Ao menos 35 ônibus foram incendiados na tarde desta segunda-feira, na zona oeste do Rio, segundo a prefeitura da capital e a polícia fluminense. O governador Cláudio Castro anunciou que 12 homens foram presos colocando fogo nos coletivos. Segundo a Polícia Civil, os ataques foram praticados por um grupo de milicianos em represália à morte do vice-líder da quadrilha, ocorrida horas antes, durante um confronto com policiais civis em uma favela de Santa Cruz, bairro da zona oeste." Às 18h40, o município do Rio entrou em estágio de atenção, o terceiro de uma escala de cinco, o que significa que uma ou mais ocorrências já afetavam a rotina de parte da população.

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HIERARQUIA

Matheus da Silva Resende, de 24 anos, é sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, que desde 2021 é o líder do principal grupo miliciano que atua no Rio. Resende, conhecido como Teteu ou Faustão, era o segundo na hierarquia do grupo, segundo a polícia. Ele foi morto durante confronto com policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), o grupo de elite da Polícia Civil fluminense, e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), na Favela Três Pontes, em Santa Cruz. Nessa mesma operação, uma criança de 10 anos foi atingida de raspão na perna por uma bala perdida. Depois da morte, os ônibus começaram a ser atacados e incendiados. O Centro de Operações Rio (COR-Rio), órgão da prefeitura que monitora a cidade por meio de câmeras, informou que o primeiro ônibus que pegou fogo estava na Rua Felipe Cardoso, na altura do BRT Cajueiros, em Santa Cruz, na zona oeste. Segundo o sindicato das empresas de ônibus, esse já é o maior ataque a ônibus da história do município do Rio. São 20 de linhas municipais, 5 do BRT e 10 avulsos, de fretamento. Pneus também foram incendiados e veículos atravessados em vias expressas. No BRT Transoeste, corredor de ônibus que atende a zona oeste, apenas duas linhas estavam funcionando à tarde. As demais foram interrompidas. Pelo menos 32 escolas interromperam as aulas em função dos ataques. Estações de trem na zona oeste foram fechadas entre Benjamim do Monte e Santa Cruz. Os trens circulavam somente entre as Estações Central e Campo Grande. Um trem chegou a ser abordado por bandidos nas proximidades da estação de Tancredo Neves. O maquinista foi obrigado pelos bandidos a abrir a porta, descer da composição e teve de retornar à estação. Os criminosos atearam fogo à cabine.

HOMEM DE GUERRA

Mais cedo, o governador Cláudio Castro havia parabenizado os policiais que participaram da operação que resultou na morte de Matheus da Silva Rezende. "Não vamos parar! Nossas ações para asfixiar o crime organizado têm trazido resultados diários", disse. "Hoje demos um duro golpe na maior milícia da zona oeste. Além do parentesco com o criminoso, ele atuava como homem de guerra do grupo paramilitar, sendo o principal responsável pelas guerras por territórios que aterrorizam moradores no Rio." O prefeito do Rio, Eduardo Paes, por sua vez, desqualificou os milicianos nas redes sociais. "Quando o sujeito além de bandido é burro", escreveu. "Milicianos na zona oeste queimam ônibus públicos, pagos com o dinheiro do povo para protestar contra a operação policial. Quem paga é o povo trabalhador. E, para piorar, tivemos de interromper o transporte na zona oeste para que não queimem mais ônibus. Ou seja, os únicos prejudicados: moradores das áreas que eles dizem proteger! Essa gente precisa de uma resposta muito firme das forças policiais!" As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.

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