A adolescente de 16 anos que estava internada com suspeita de febre maculosa em um hospital da rede privada de Campinas, São Paulo, morreu na noite dessa terça-feira (13). Até o momento, a Secretaria de Saúde da cidade não confirmou a causa da morte da jovem, mas existe a suspeita de que ela estaria com a doença, já que participou de uma festa na Fazenda Santa Margarida, no Distrito Joaquim Egídio, onde outras três pessoas foram infectadas e morreram devido a isso.
Ainda de acordo com a pasta, a vítima precisou ser hospitalada no dia 9 de junho. O caso dela foi notificado à Vigilância em Saúde como suspeita de febre maculosa, dengue, leptospirose ou meningite. A família, porém, só referiu o evento da Fazenda Santa Margarida nessa terça-feira depois da repercussão dos casos na imprensa. “O caso aguarda resultado de exames do Adolfo Lutz”, informou a secretaria.
Se a causa da morte apontar para a febre maculosa, será o sexto óbito no município este ano devido a esse problema. Os outros casos se referem às três vítimas que frequentaram a festa em Joaquim Egídio, e outras duas pessoas que também morreram pela doença e moravam no município campineiro.
Em todo o Estado, foram registrados 12 casos de febre maculosa com 6 óbitos em 2023, já incluindo os três confirmados desta semana. Em 2022, foram registrados 53 casos, com 37 óbitos confirmados. Já em 2021, foram 76 casos e 42 óbitos, segundo dados Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
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Campinas está localizada em uma região considerada endêmica para a febre maculosa, doença causada por uma bactéria e transmitida por tipos de carrapatos que são encontrados em animais como capivaras e cavalos. A Fazenda Santa Margarida, provável local do surto, está proibida de receber novos eventos, conforme determinou a prefeitura da cidade.
“A fazenda só poderá fazer novos eventos quando apresentar um plano de contingência ambiental e de comunicação. Os responsáveis pelo local foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa”, disse a administração em nota. “Nos próximos dias, técnicos do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) farão uma pesquisa para verificar como está a infestação de carrapatos (pesquisa acarológica) no espaço”, completou.
A prefeitura informou que emitiu alertas pela Rede do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) para outras Cievs nacional e estadual, para monitorar o estado de saúde das pessoas de outras cidades que também estiveram no evento.
Por meio de um comunicado, a Fazenda Santa Margarida, disse que “sempre agiu e age de acordo com todas as normas e exigências legais relacionadas à vigilância sanitária” e que mantém “um rigoroso processo de manutenção e cuidados em relação ao espaço e sua conservação”.
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Os responsáveis pelo local informaram também que toda a documentação da Fazenda “está em conformidade e regularidade com os órgãos competentes e as exigências legais, incluindo a Prefeitura Municipal de Campinas”, e que nós últimos anos “nunca houve qualquer caso semelhante” ao surto que está sendo presenciado”.
A Fazenda Santa Margarida lamentou as mortes e se colocou à disposição das autoridades para ajudar nas investigações.
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