Uma moradora de Cabo Frio, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, precisou tomar medidas drásticas depois de ficar cinco dias sem energia elétrica em sua residência. A nutricionista Eline Nascimento decidiu pegar um colchão e ir dormir na sede da concessionária Enel. O caso aconteceu na última sexta-feira (20).
Cansada de ver os produtos estragando na geladeira e passar noites sem dormir por conta do calor e dos mosquitos, a carioca "montou acampamento" onde sabia que não faltaria energia. "Em casa eu não consigo dormir, mas aqui está fresquinho, tem ar-condicionado. Então, eu vou entrar aqui e só saio daqui presa. Mas eu vou entrar aqui, ficar nesse ar-condicionado, até resolver o meu problema", disse Eline em vídeo postado nas redes sociais.
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Em entrevista ao g1, a nutricionista disse que a primeira atitude da atendente da concessionária foi chamar a polícia. "Para me tirar de lá, porque eu estava fazendo algo que eu não deveria, mas na opinião deles, porque eu sei que eu não estava atrapalhando a vida de ninguém e nem fazendo algo que fosse indevido. Em vez de serem solidários com o que eu estava passando, chamaram a polícia. Não fui só por mim. Eu fui lá pelo meu bairro", explicou.
Duas horas depois de estar acampada na Enel, Eline foi informada de que a energia havia sido restabelecida em sua casa. "Eu aconselho você a fazer o mesmo! Vá acampar na Enel. Leve seu colchão, seus filhos, seu cachorro, seu papagaio, seu periquito e mostre para essa empresa que ela tem que ter respeito pelo consumidor", disse.
Como tudo começou?
A nutricionista contou que mora em Angra dos Reis, mas é dona de uma casa em Cabo Frio, para onde viajou com a família para passar uns dias neste fim de ano.
No último domingo (15), por conta dos ventos, o relógio da casa dela, no bairro Jardim Peró, entrou em curto e parou de funcionar. Na segunda-feira (16), a cidade foi atingida por uma tempestade, quando outras áreas da região também ficaram sem energia.
"Por conta do problema da chuva, do vento, você entende que tem um problema geral, então, você espera um pouquinho para eles resolverem. Mas aí, passou segunda, terça, e eu ligando, entrando em contato, e nada. Tenho vários protocolos. Fiz tudo o que eu poderia fazer dentro da questão de ligar, contar o problema, pedir a emergência, ligar na madrugada, sem energia, minhas coisas tudo estragando. Não consegui dormir. Tendo que carregar meu telefone no supermercado, e minhas coisas estragando".
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Eline contou que, ao ligar para tentar uma solução, ouvia dos atendentes da Enel que estava todo mundo passando pelo mesmo problema. "A sensação de impotência é muito grande. Você se sente um lixo. Você não tem onde reclamar. Vai reclamar onde? Quem pode te ajudar? Você vai contar com quem para resolver uma situação como essa? Com a empresa, você briga. Entrar na Justiça, você leva um mês, dois, três meses para você ter um retorno de algo que você precisa de imediato e que paga para ter. Nós somos obrigados a engolir essa empresa. Eu não escolhi a Enel. Estou nela porque não tenho opção", desabafou.
Fonte: informações g1.
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