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Ministério encontra substância tóxica em mais lotes de produtos da Bassar

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou nesta sexta-feira, 9, que resultados preliminares apontaram para presença de monoetilenoglicol (uma substância tóxica) em outros lotes de produtos da empresa Bassar. O aditivo foi detec

Caio Possati (via Agência Estado)

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Escrito por Caio Possati (via Agência Estado)
Publicado em 09.09.2022, 21:23:00 Editado em 09.09.2022, 21:25:43
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou nesta sexta-feira, 9, que resultados preliminares apontaram para presença de monoetilenoglicol (uma substância tóxica) em outros lotes de produtos da empresa Bassar. O aditivo foi detectado por meio de análises feitas nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) como parte das investigações dos casos de intoxicação de cães, que vieram à tona na semana passada, e que já somam mais de 40 vítimas, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais.

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De acordo com o Mapa, o monoetilenoglicol (também conhecido como etilenoglicol) foi encontrado como contaminante de propilenoglicol, um produto de uso permitido na alimentação animal, se adquirido de empresas que possuem registro na pasta. O aditivo é o mesmo identificado nas contaminações por produtos da cervejaria Backer em 2020.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Bassar Pet Food anunciou o recall (devolução) de todos os seus produtos fabricados a partir de 7 de fevereiro deste ano (veja o comunicado na íntegra abaixo). "Esse procedimento foi adotado após exames preliminares realizados pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apontarem indícios de contaminação com etilenoglicol em insumos adquiridos de um de nossos fornecedores."

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A Bassar estende o alerta para todas as empresas do setor de alimentação animal que podem ter também adquirido propilenoglicol contaminado do mesmo fornecedor, e recomendou que que "retirem imediatamente eventuais produtos fabricados e distribuídos ao mercado."

Um laudo preliminar da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) já tinha localizado a presença da substância no corpo de um dos cachorros que morreu após consumir petisco da Bassar. A substância etilenoglicol é um composto tóxico que pode ser letal para cães.

O ministério diz, porém, que as investigações ainda não conseguiram determinar como o monoetilenoglicol foi parar nos alimentos para os animais, por causa da dificuldade de rastrear os envolvidos e também por conta da mistura de lotes de aditivos em estabelecimentos que não são registrado no Mapa.

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A descoberta da substância tóxica monoetilenoglicol, como contaminante de uma substância permitida (propilenoglicol), fez com que o Ministério da Agricultura adotasse medidas rígidas para investigar se o propilenoglicol comercializado está, ou não, adequado para consumo.

Nesta sexta-feira, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) determinou que empresas fabricantes de alimentos e mastigáveis para animais devem informar ao Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa) da região, os lotes de propilenoglicol existentes em seus estoques e a origem do produto.

Outra determinação do departamento é repassar ao Sipoa os lotes de produtos acabados em estoque e já distribuídos, e que tenham utilizado propilenoglicol em sua composição. "Em caso de resultado não conforme, as empresas devem realizar o recolhimento dos produtos e informar ao Sipoa da região", informou o Mapa.

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O Dipoa também vai fiscalizar os produtores de propilenoglicol que elaboram ou importam o aditivo. O departamento solicitou, segundo o Mapa, que os fabricantes do produto se manifestem sobre a fabricação, importação ou compra de propilenoglicol em território nacional desde dezembro de 2021, com relação à identificação dos lotes, o quantitativo adquirido e suas origens.

"As empresas têm o prazo de dez dias para atender às determinações do Dipoa. A não comunicação ao Sipoa será interpretada como não utilização do propilenoglicol e as empresas serão fiscalizadas quanto à veracidade das informações prestadas", afirmou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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Identificada pelo Ministério da Agricultura como a fornecedora de matéria-prima para a Bassar, a Tecnoclean Industrial Ltda informou na noite de quinta-feira, 8, que adquiriu a substância propilenoglicol de uma importadora e a revendeu. A empresa afirma que se mantém à disposição das autoridades públicas e sanitárias na investigação.

Nota da Bassar na Íntegra

RECALL DE PRODUTOS DA BASSAR

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"Prezado Cliente,

A Bassar Pet Food informa que está realizando um RECALL de TODOS OS PRODUTOS fabricados a partir de 07/02/22. Isso compreende todos os lotes de produto, marca própria ou marca Bassar, com numeração acima do "lote 3329" (inclusive este).

Esse procedimento foi adotado após exames preliminares realizados pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apontarem indícios de contaminação com etilenoglicol em insumos adquiridos de um de nossos fornecedores.

O ofício 424/2022 do MAPA, divulgado no dia 06/09/2022, alerta todas as empresas do setor de alimentação animal que podem ter também adquirido matéria-prima desse fornecedor para que retirem imediatamente eventuais produtos fabricados e distribuídos ao mercado.

A substância etilenoglicol é um composto químico e tóxico que pode ser letal se ingerido por cães. Por isso, é muito importante suspender imediatamente a alimentação dos pets com os produtos mencionados e devolvê-los à loja onde foram adquiridos.

Por precaução e para tranquilização de seus consumidores, a Bassar Pet Food está recolhendo todos os itens produzidos desde 7/2/2022, e não apenas os que utilizaram o insumo (propilenoglicol) do fornecedor em investigação.

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