O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima divulgou dados sobre o desmatamento no Cerrado, uma das áreas mais críticas do País em relação à derrubada da vegetação nativa. De acordo com informações do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), o bioma tem passado por uma desaceleração do ritmo de desmate nos últimos meses.
De janeiro a maio deste ano houve uma redução de 12,9% no desmate. No mesmo período do ano passado, o Cerrado registrou aumento do desmatamento na ordem de 43,6%.
"Ainda é cedo para dizer que isso é uma inflexão duradoura e constante na curva de desmatamento, porque no Cerrado uma boa parte do desmatamento conta com a licença, outra parte, quase 50%, é ilegal. Ibama e Estados podem agir muito severamente em relação ao ilegal", disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 5, no Palácio do Planalto.
Marina afirmou que o governo está fazendo um movimento de convencimento e proteção do Cerrado e que o desmatamento no bioma está prejudicando a vazão dos rios. Na sequência, a ministra levantou a ideia de se estabelecer uma "poupança hídrica florestal" como mecanismo de preservação do Cerrado e evitar estiagens tão severas.
O bioma conta com vários rios, além de lençóis freáticos profundos e grandes reservatórios subterrâneos. "Então, os produtores poderão conseguir que suas licenças que são dadas por processos de irrigação - estou falando alto aqui - possam ser condicionadas a uma poupança hídrica que seria na forma de floresta", citou a ministra.
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