Mega da Virada: quanto é preciso gastar para garantir o prêmio?
Cobrir todos os resultados do sorteio é a única forma de assegurar a vitória, mas a estatística e a logística tornam a tática praticamente inviável
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Com um prêmio estimado em R$ 850 milhões, o maior da história da loteria brasileira, a Mega da Virada 2025 já mobiliza milhões de apostadores em todo o país. No entanto, o desejo de mudança de vida esbarra em uma estatística implacável: a chance de acertar as seis dezenas com uma aposta simples é de 0,000002%, ou uma em 50.063.860. Embora exista uma forma matemática teórica de garantir a vitória — apostar em todas as combinações possíveis —, a estratégia é financeiramente arriscada e logisticamente inviável.
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Para cobrir 100% das possibilidades de resultado, um jogador precisaria registrar todas as mais de 50 milhões de combinações de seis números disponíveis. Com o valor da aposta simples fixado atualmente em R$ 6,00, o investimento total necessário seria de R$ 300.383.160. Apesar de esse método assegurar matematicamente que o bilhete vencedor esteja em posse do apostador, ele não garante o lucro final, pois o retorno financeiro depende exclusivamente do número de ganhadores na faixa principal.
A história da Mega da Virada demonstra que é frequente haver múltiplos ganhadores, o que dilui o valor do prêmio. Para um investidor que dispusesse dos R$ 300 milhões para realizar o cercamento total, o lucro só seria expressivo, cerca de R$ 550 milhões, caso ganhasse sozinho. Se o prêmio fosse dividido com apenas mais uma pessoa, o lucro cairia para aproximadamente R$ 125 milhões. Já em um cenário com dois ou mais ganhadores dividindo a bolada, o apostador terminaria no prejuízo, recebendo um valor inferior ao investido, sem contar a impossibilidade prática de registrar milhões de volantes em tempo hábil.
Diante da inviabilidade de "cercar" o jogo, restam ao apostador comum alternativas como apostar mais dezenas em um mesmo bilhete ou participar de bolões, que permitem jogos mais caros dividindo os custos. Contudo, nenhuma estratégia elimina o fator sorte. Curiosamente, a base para compreender essa dificuldade remonta ao século XVII, quando o matemático francês Blaise Pascal desenvolveu o cálculo de probabilidades. Mais de 350 anos depois, a teoria de Pascal continua explicando por que acertar na Mega-Sena permanece um dos eventos estatísticos mais improváveis do cotidiano.
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