Uma compressa foi esquecida dentro do corpo de uma paciente após a realização de um parto no Hospital da Mulher, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Isso proporcionou uma experiência negativa à jovem, identificada como Raíssa Falosi Santos, de 20 anos, que teve sua primeira filha. Ela considerou o acontecimento como traumatizante.
Segundo Raíssa, o item foi deixado em sua vagina no dia 18 de março. O episódio ocorreu após ela dar à luz de forma natural e, na sequência, colocar um DIU.
No dia 24 de março, ela retornou à instituição de saúde com dores no corpo e febre alta. Ao ser atendida, a médica a disse que a dor era causada pelos pontos abertos e Raíssa foi levada para casa após uma nova sutura.
Os sintomas não melhoraram e o material esquecido só foi descoberto no dia 6 de maio, 19 dias depois do parto, pela própria paciente.
“Estava com muita dificuldade de andar, um sangramento fora do normal. […] Eu estava no banho e o sangramento começou muito forte e meu corpo começou a expulsar o pano”, disse a jovem em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo.
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Por conta disso, a jovem foi levada mais uma vez ao Hospital da Mulher, onde teve a compressa retirada. Coágulos se formaram devido à presença do corpo estranho dentro de Raíssa.
O DIU que a puérpera havia colocado teve que ser retirado por conta do risco de proliferação de bactérias.
A situação foi traumatizante para jovem. “Estou tentando não pensar muito que hoje minha filha poderia estar sem a mãe”, afirmou.
Raíssa registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil. Ela foi submetida ao exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML).
Em nota, a Prefeitura de São Bernardo, que é responsável pelo hospital, afirmou que, após o parto, a paciente foi atendida em consulta, quando foi percebida a presença de “corpo estranho” — que, segundo o hospital, foi imediatamente retirado.
O comunicado também afirmou que foi feita uma limpeza com antisséptico apropriado do canal vaginal. Também foi realizada revisão dos pontos do parto, “que estavam íntegros, não havendo sinais de infecção ginecológica”, informou o hospital.
A prefeitura disse, ainda, que a médica responsável pelo atendimento da Raíssa deixou de fazer parte do quadro de funcionários desde o dia da descoberta do erro.
Com informações do Metrópoles.
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