O Ministério da Educação anunciou nesta quinta-feira, 1º, aumento de 13% no teto de pagamento de cursos de Medicina pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A partir de 14 de junho, o valor máximo financiado pelo Fies por semestre será de R$ 60 mil para a área. Atualmente, o governo arca com R$ 42,8 mil.
A medida foi anunciada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, em sua página no Instagram. De acordo com o governo, o reajuste valerá tanto para contratos novos quanto para a renovação dos antigos.
A ampliação do limite de pagamento pelo Fies foi definida pelo Comitê Gestor do fundo, grupo que inclui representantes não só do MEC, mas também dos ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Integração Nacional, e da Casa Civil.
"Existe um grupo gestor técnico do Fies que se reuniu hoje e aprovou uma mudança no teto do financiamento para os cursos de Medicina, que era uma das demandas importantes dos nossos alunos. Aliás saiu até reportagem recentemente que os alunos queriam até abandonar o curso, porque as mensalidades estavam muito acima do que poderiam pagar às universidades", afirmou o ministro Camilo Santana.
Segundo ele, o governo pretende enviar ao Congresso uma proposta para fazer modificações no Fies. O ministro disse que a pasta tem ouvido alunos e universidades para aprimorar o modelo do programa.
O Fies foi um dos principais programas responsáveis pela ampliação do acesso ao ensino superior no País. Após flexibilização das regras do programa a partir de 2010, o número de financiamentos concedidos cresceu vertiginosamente. A partir de 2015, o governo passou a endurecer os critérios levando à queda na quantidade de contratos de financiamento e causando reclamações por parte das universidades particulares. A adoção de novas regras do programa para retomar o ritmo de concessão de financiamento é um dos principais pleitos do setor privado.
Neste ano, o Fies ofertará 112.168 vagas no ensino superior, das quais cerca de 67 mil foram oferecidas no primeiro semestre. Para obter o financiamento, o candidato deve ter obtido 450 pontos ou mais no Enem e não ter zerado a redação. Além disso, é necessário que o candidato tenha renda familiar mensal per capita de até três salários mínimos.
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