Dados atualizados da plataforma MapBiomas Fogo, divulgados hoje, apontam que 199,1 milhões de hectares foram queimados ao menos uma vez nos últimos 40 anos, ou o equivalente a 1 a cada 4 hectares. Os números são referentes à extensão das áreas queimadas no País, que representam quase um quarto do território nacional.
O MapBiomas Fogo indica que 68% da área afetada por fogo foi de vegetação nativa, enquanto aproximadamente 31% foram em áreas de pastagem e agricultura. Mato Grosso, Pará e Maranhão estão entre as regiões mais atingidas, totalizando quase metade das áreas queimadas. A ocorrência em imóveis privados foi de 60%.
Os três municípios que mais queimaram nas últimas quatro décadas foram Corumbá (MS), no Pantanal, seguido por São Félix do Xingu (PA), na Amazônia, e Formosa do Rio Preto (BA), no Cerrado.
Segundo dados do mapeamento, o bioma que mais queimou proporcionalmente a sua área nos 39 anos avaliados foi o Pantanal, com 9 milhões de hectares e 59,2% de área afetada.
Ainda que seja adaptado ao fogo, o Pantanal convive com incêndios intensos devido às secas prolongadas e à dificuldade de contenção das queimadas, já que qualquer foco pode gerar impactos significativos na fauna e flora locais, diz o MapBiomas.
O Cerrado e a Amazônia contabilizam 86% de área queimada pelo menos uma vez no Brasil. No primeiro, foram 88,5 milhões de hectares, enquanto a Amazônia teve 42% do seu bioma atingido por incêndios.
A área queimada na Caatinga no período estudado foi de quase 11 milhões de hectares, equivalente a 6% do total nacional. A Mata Atlântica, por sua vez, teve 7,5 milhões de hectares atingidos pelo fogo. No Pampa, foram 518 mil hectares.
O MapBiomas Fogo realiza um mapeamento mensal e anual das áreas queimadas no Brasil por meio do processamento de imagens geradas por satélites. Com a ajuda de inteligência artificial, foi analisada a área queimada dos mais de 851 milhões de hectares do território brasileiro ao longo do período.
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