Manifestantes se reuniram na Avenida Paulista neste domingo, 23, para protestar contra o projeto de lei que equipara o aborto feito com 22 ou mais semanas de gestação ao homicídio. É o segundo fim de semana consecutivo em que a região recebe protestos contra a proposição.
A concentração ocorreu por volta das 15 horas e se alongou pela tarde do domingo. Os presentes no ato pediram pela legalização do aborto, com dizeres como "o corpo é nosso" e faixas em protesto ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
As queixas dos manifestantes permanecem mesmo após Lira anunciar a formação de uma "comissão representativa" para debater o tema, após a repercussão negativa.
Há duas semanas, em uma votação que durou cinco segundos, a Câmara aprovou a urgência do projeto de lei, patrocinado pela Frente Parlamentar Evangélica, o que garante tramitação acelerada da matéria no Congresso Nacional.
Mesmo com a recepção negativa, marcada por protestos contra a proposição em todo o Brasil, a bancada evangélica mantém o apoio ao projeto.
Lira já disse que a relatora, que poderá fazer alterações no texto, será "uma mulher, moderada e de centro".
Houve também protestos na praia de Copacabana, no Rio, neste domingo.
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