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Mais de um terço de domicílios teve algum grau de insegurança alimentar, diz IBGE

Mais de um terço dos domicílios brasileiros apresentou algum grau de insegurança alimentar no biênio 2017-2018, maior índice registrado pelo IBGE desde 2004, quando o instituto realizou o levantamento pela primeira vez. A pior situação foi registrada nas

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.09.2020, 14:46:00 Editado em 17.09.2020, 14:52:11
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Mais de um terço dos domicílios brasileiros apresentou algum grau de insegurança alimentar no biênio 2017-2018, maior índice registrado pelo IBGE desde 2004, quando o instituto realizou o levantamento pela primeira vez. A pior situação foi registrada nas regiões Norte e Nordeste, onde menos da metade dos tinha garantia de alimento.

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Os números fazem parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018: Análise da Segurança Alimentar no Brasil, divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira. Foi a primeira vez na série histórica que houve queda nos níveis de segurança alimentar dos brasileiros.

É considerado em insegurança alimentar um domicílio que apresenta incerteza quanto ao acesso de comida no futuro ou que já apresentam redução de quantidade ou qualidade dos alimentos consumidos.

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De acordo com o levantamento, 84,9 milhões de brasileiros - de uma população estimada em 207,1 milhões - habitavam domicílios com algum grau de insegurança alimentar nos anos de 2017 e 2018. Desse total, 10,3 milhões enfrentavam insegurança alimentar grave - ou seja, não tinham acesso suficiente a alimentos e passavam fome, incluindo crianças.

Foi a primeira vez que o índice de segurança alimentar no Brasil apresentou queda. Em 2004, 65,1% dos domicílios do País tinham acesso garantido à alimentação. O número passou para 69,8% em 2009 e para 77,4%, em 2013. Na mais pesquisa mais recente, porém, caiu para 63,3%.

O gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, André Martins vê como uma das prováveis causas da queda a grave crise econômica pela qual passava o País. "Muitas pessoas passaram da segurança alimentar para uma insegurança alimentar leve", comentou.

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A situação mais grave é vista no Norte, onde apenas 43% dos domicílios tinham acesso garantido a alimento. No Nordeste a situação era um pouco melhor, mas ainda assim não chegava à metade das residências (49,7%). A região sul, por sua vez, apresentava os melhores porcentuais (79,3%), seguida da Sudeste (68,8%) e Centro-Oeste (64,8%).

Qualidade

A pesquisa do IBGE também apontou que, quanto maior o índice de insegurança alimentar, menor é o consumo por pessoa de hortaliças, frutas, produtos panificados, carnes, aves, ovos, laticínios, açúcares, doces e produtos de confeitaria, sais e condimentos, óleos e gorduras, bebidas e infusões, além de alimentos preparados e misturas industriais.

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A preferência, nesses casos, é por cereais e leguminosas, farinhas, féculas e massas, e pescados. A compra de arroz e feijão é maior nos domicílios que apontam dificuldade no acesso a alimentos em relação àqueles que não apresentam.

Os pesquisadores também perguntaram uma avaliação aos entrevistados sobre seus padrões de alimentação, moradia, saúde e educação. Quase a metade (49,7%) das famílias que relataram sentir insegurança alimentar grave classificaram como ruim o seu padrão de saúde, enquanto quase dois quintos (33,9%) dessas famílias avaliaram como ruim o padrão de alimentação.

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