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Mais de 1 em cada 5 adultos no mundo tem uma infecção por herpes genital, diz OMS

Cerca de 846 milhões de pessoas com idades entre 15 e 49 anos vivem com infecções por herpes genital no mundo, segundo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que mais de 1 em cada 5 indivíduos nessa faixa etária convive com o vírus.

Layla Shasta (via Agência Estado)

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Escrito por Layla Shasta (via Agência Estado)
Publicado em 11.12.2024, 13:52:00 Editado em 11.12.2024, 14:01:20
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Cerca de 846 milhões de pessoas com idades entre 15 e 49 anos vivem com infecções por herpes genital no mundo, segundo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que mais de 1 em cada 5 indivíduos nessa faixa etária convive com o vírus. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 11, na revista Sexually Transmitted Infections.

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A pesquisa analisou informações referentes ao ano de 2020, revisões sistemáticas e modelos matemáticos para estimar a prevalência da infecção globalmente. Os resultados apontam que, a cada segundo, pelo menos uma pessoa adquire uma nova infecção por herpes genital. Anualmente, são 42 milhões de casos.

Segundo a OMS, na maioria das vezes, as pessoas que vivem com o vírus têm nenhum ou poucos sintomas. Para alguns, porém, a infecção provoca feridas e bolhas genitais dolorosas que podem ser recorrentes ao longo da vida - mais de 200 milhões de pessoas de 15 a 49 anos sofreram pelo menos um desses episódios sintomáticos em 2020, de acordo com a pesquisa.

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Os autores do estudo chamam a atenção para a necessidade de novos tratamentos e vacinas para reduzir os efeitos adversos do vírus, que atualmente não tem cura.

"O estigma em torno do herpes genital significa que ele tem sido discutido muito pouco, apesar de afetar milhões de pessoas globalmente. Não foi feito o suficiente para lidar com essa infecção comum", disse em nota Sami Gottlieb, oficial médico do Departamento de Saúde Sexual e Reprodutiva e Pesquisa da OMS e um dos autores do relatório.

Para ele, a pesquisa e o investimento expandidos no desenvolvimento de novas vacinas e terapias contra o herpes, bem como o acesso a essas medidas, podem desempenhar um papel crítico na melhoria da qualidade de vida das pessoas em todo o mundo.

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Outro ponto importante, afirmam os pesquisadores, é controlar a disseminação do vírus. Isso porque, embora na maioria das vezes não cause grandes problemas, o herpes genital pode ocasionalmente levar a complicações sérias, como herpes neonatal - condição em que a mãe transmite o vírus para o bebê durante o parto.

Dois tipos do vírus

O vírus herpes simplex (HSV) possui dois tipos principais: HSV-2 e HSV-1. Segundo a OMS, o HSV-2 é mais grave em termos de saúde pública, pois causa 90% dos surtos sintomáticos de herpes genital, apresenta alta recorrência e triplica o risco de contrair HIV. Em 2020, cerca de 520 milhões de pessoas conviviam com esse tipo de infecção, transmitida durante a atividade sexual.

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Já o HSV-1 é mais comum na infância, sendo transmitido por saliva ou contato pele a pele, causando herpes oral com feridas na boca. Ele também pode ser adquirido sexualmente, levando a infecções genitais na adolescência ou idade adulta. Estima-se que 376 milhões de pessoas tiveram infecções por HSV-1 em 2020. Desses, acredita-se que 50 milhões também contraíram o HSV-2, pois é possível ter os dois tipos ao mesmo tempo.

O estudo atualiza as estimativas anteriores da OMS, estabelecidas com dados de 2012 a 2016. Segundo o relatório, embora a prevalência de HSV-2 genital tenha permanecido estável entre 2016 e 2020, as infecções genitais por HSV-1 aumentaram.

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Medidas de prevenção

Atualmente, a OMS indica as seguintes medidas de prevenção:

- Embora não seja totalmente eficaz para impedir a disseminação do vírus, o uso correto e consistente de preservativos reduz os riscos de transmissão;

- Pessoas com sintomas ativos devem evitar contato sexual com outras pessoas, pois o herpes é mais contagioso quando há feridas;

- Pessoas com sintomas de herpes genital devem ser submetidas a testes de HIV e, se necessário, profilaxia pré-exposição para prevenção do HIV.

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