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Mãe que sofre de paralisia rara chora ao conhecer filha

Érika Cleia Soares, de 25 anos, desenvolveu uma paralisia rara durante a gestação, deixando-a incapacitada para falar e se mover.

Da Redação

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Mãe que sofre de paralisia rara chora ao conhecer filha
Icone Camera Foto por Paula Beltrão
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.09.2021, 16:31:33 Editado em 23.09.2021, 16:45:44
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Érika Cléia Soares, de 25, deu à luz sua segunda filha no dia 6 de setembro, quando completava cinco meses de internação em um hospital público de Belo Horizonte. Durante sua gestação, ela foi diagnosticada com uma doença inflamatória rara que afeta o sistema nervoso central.

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"Eu quero ver minha esposa voltar a andar, a falar, para a gente criar nossos filhos. Estávamos cheios de planos, de conseguir nosso carro, ser feliz. Não vou desistir disso". - Este é o desejo do marido de Erika, Weverton Pereira da Silva, de 29 anos.

Sua história viralizou nas redes sociais e ficou conhecida em todo o país na semana passada, quando a pequena Maria Cecília, de 16 dias, voltou ao hospital para ver a mãe, que ainda segue internada

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"Ela não consegue carregar a filha, minha mulher não fala, não se mexe, colocamos a bebê em seu colo e ela chorou. Deve ser difícil demais para uma mãe passar por isso", disse Silva.

Érika estava grávida de 15 semanas quando, durante o jantar, os sintomas da paralisia começaram a aparecer. O casal tem outro filho, Arthur Bernardo Soares Silva, de 6 anos.

"Quando ela voltou do serviço à noite, após o jantar, ela deitou na cama, perguntei o que havia acontecido, ela estava nervosa, estranha, aí mais tarde, ela estava com visão turva, perdendo as forças, fomos para o hospital. Parecia um AVC, só depois ela foi diagnosticada com encefalomielite disseminada aguda, ADEM", explicou o marido de Érika, que é porteiro.

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Mãe que sofre de paralisia rara chora ao conhecer filha
Foto por Paula Beltrão

A ADEM é uma doença inflamatória rara que atinge o sistema nervoso central. A maior parte dos casos é provocada por infecção viral ou bacteriana. Os principais sintomas são lentidão nos movimentos, diminuição dos reflexos e paralisia dos músculos.

Weverton contou ao g1 que, antes disso, nunca havia ouvido falar da doença, e que se assustou quando viu sua mulher paralisada e intubada, no dia seguinte da internação.

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"Ela piorou demais, teve convulsões, ficava debatendo o corpo, foi para o CTI intubada, sedada. Ela ficou dias assim e, mesmo depois da alta, ela não voltou a falar", disse.

Cesárea de emergência e comida na boca

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Quando a operadora de caixa completou 35 semanas de gestação, foi feita uma cesárea de emergência.

"Acompanhamos a gravidez de Érika, que teve uma piora progressiva na doença, mas a bebê estava bem e a gravidez pôde prosseguir. Com 35 semanas, a neném nasceu saudável, ótima e depois de poucos dias foi pra casa, mas nossa equipe segue acompanhando a paciente, no pós-parto", contou a obstetra Patrícia Pereira Rodrigues Magalhães.

O marido de Érika se reveza com a sogra nos cuidados com os filhos em casa, no bairro São João Batista, na Região de Venda Nova, e com as idas diárias ao hospital para cuidar da mulher. No período da noite ele trabalha como vigia de uma obra, na Região Centro-Sul.

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"Eu venho todos os dias, dou comida na boca, limpo, passo batom, ela sempre foi vaidosa, sempre gostou de se arrumar, no altar, no dia do nosso casamento eu prometi amá-la na saúde, na doença e estou cumprindo minha palavra. É muito complicado, mas vamos conseguir", disse Weverton.

SOLIDARIEDADE

A fotógrafa Paula Beltrão soube da história da Érika, após ligação da obstetra do hospital que a convidou para fazer ensaio de gestante dela.

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"Soube da história da Érika, da gravidade, e fui de forma voluntária fazer ensaio gestante dela, fiz as fotos, para ela ter uma lembrança quando ela melhorasse, para ter um registro da história da família, ver a luta dela pela vida, nesse momento difícil, mas que faz parte da história dela agora", contou Beltrão.

Mãe que sofre de paralisia rara chora ao conhecer filha
Foto por Paula Beltrão

Sensibilizada com toda a situação, Paula pensou em uma forma de ajudar toda a família que passa por dificuldades financeiras. Foi aí que criou um financiamento coletivo, para arrecadar dinheiro para tratamento de Érika e sustento de sua família.

Até as 15h20 desta quarta-feira (22), mais de R$ 90 mil já haviam sido arrecadados.

As fotos do ensaio fotográfico viralizaram nas redes sociais. Uma única postagem teve 12 mil curtidas.

"Resolvi me envolver mais nesta história porque eu sei que as necessidades financeiras que eles passaram, é muito difícil, a renda familiar caiu bastante e a despesa aumentou. Érika está sem receber o benefício do INSS desde quando internou, então a renda da família é só a do marido. Além disso, ela precisará de uma reabilitação quando tiver alta, além dos gastos com os filhos", explicou a fotógrafa.

Segundo Hospital Risoleta Neves, Érika não tem previsão de alta.

Com informações: G1

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