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Maceió: afundamento do solo em mina da Braskem acelera ainda mais e chega a 0,35 cm por hora

O solo da mina nº 18 da Braskem, em Maceió (AL), no bairro Mutange, tem afundado cada vez mais rápido, conforme boletins divulgados diariamente pela Defesa Civil do município. O órgão tem monitorado a situação da região e, segundo nota publicada na manhã

Giovanna Castro (via Agência Estado)

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Escrito por Giovanna Castro (via Agência Estado)
Publicado em 09.12.2023, 13:31:00 Editado em 09.12.2023, 13:34:38
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O solo da mina nº 18 da Braskem, em Maceió (AL), no bairro Mutange, tem afundado cada vez mais rápido, conforme boletins divulgados diariamente pela Defesa Civil do município. O órgão tem monitorado a situação da região e, segundo nota publicada na manhã deste sábado, 9, o deslocamento total já é de 2,16 metros desde 30 de novembro, quando tremores começaram a ser sentidos. A velocidade vertical é de 0,35 centímetros por hora, com um movimento de 8,6 cm nas últimas 24 horas.

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Na quinta e na sexta-feira, 7 e 8 de dezembro, a velocidade de afundamento divulgada era de 0,21 centímetro por hora, ou 5,2 cm por dia. Isso significa que, de sexta para sábado, houve um aceleramento de aproximadamente 67%. O risco é de colapso.

"Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo", diz o órgão da prefeitura de Maceió. "A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas."

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A região fica à beira da lagoa Mundaú e próxima ao antigo Centro de Treinamento do Centro Sportivo Alagoano (CSA), clube de futebol local, e vem sendo monitorada há anos. O bairro já havia sido desocupado por conta do risco de desabamento.

A situação era considerada "estável" até que em 30 de novembro deste ano, após novos tremores serem sentidos na região, a Defesa Civil decretou estado de emergência para o possível colapso.

O caso acontece porque a extração de sal-gema, um cloreto de sódio utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC), feita pela petroquímica Braskem até 2019, comprometeu o solo. Outros bairros também sofrem do problema e tiveram casas abandonadas pelo risco anos atrás, apesar de terem situação ainda considerada "estável" pela Defesa Civil.

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O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas multou a Braskem em mais de R$ 72 milhões diante dos danos causados ao bairro de Mutange. A empresa já recebeu 20 autuações desde 2018. Uma CPI sobre a atuação da Braskem, para apurar impactos da extração de sal-gema em Maceió, será instalada na terça, 12, no Senado.

Em nota divulgada esta semana, a empresa diz que "continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18 e tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências". A empresa afirma que "a área de risco do mapa definido pela Defesa Civil municipal está 100% desocupada".

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