O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu nesta segunda-feira, 11, a realização de pesquisas em busca de petróleo na chamada Margem Equatorial. A questão divide o governo, com a oposição da ala ambiental à prospecção na Bacia da Foz do Rio Amazonas.
"O Brasil não vai deixar de pesquisar a Margem Equatorial. Se encontrar a riqueza que pressupõe-se que exista lá, aí é uma decisão de Estado, se vai explorar ou não", disse o presidente, durante entrevista coletiva em Nova Délhi, que sediou a Cúpula do G20, antes de embarcar para Brasília.
Lula destacou que a exploração ocorreria a 575 quilômetros da margem do Rio Amazonas. "Não é uma coisa que está lá, vizinha da Amazônia. Você não pode ser proibido de pesquisar", afirmou. "Se tiver o que se imagina lá, você pode discutir se vai explorar ou não, mas pesquisar, nós vamos pesquisar. O mundo precisa que a gente pesquise para encontrar novos materiais, novas coisas para o desenvolvimento."
O presidente também disse que o País não deve ingressar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) neste momento, mas não descarta a possibilidade de isso acontecer no futuro. "Quem sabe se você me perguntar daqui a um ano, vou dizer que sim. Não posso dizer que vou ser definitivamente contra, depende da circunstância política", afirmou.
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