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Lula diz que aborto será discutido como saúde pública e reitera posição contrária a projeto

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou posição contrária ao projeto de lei que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. De acordo com Lula, enquanto ele for presidente da República, o aborto se

Sofia Aguiar (via Agência Estado)

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Escrito por Sofia Aguiar (via Agência Estado)
Publicado em 18.06.2024, 09:51:00 Editado em 18.06.2024, 09:57:44
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou posição contrária ao projeto de lei que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. De acordo com Lula, enquanto ele for presidente da República, o aborto será tratado como questão de saúde pública.

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"Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, sou contra o aborto. Mas, enquanto eu for chefe de Estado, o aborto tem que ser tratado como questão de saúde pública. Porque você não pode continuar permitindo que a madame vá fazer aborto em Paris e a coitada morra em casa tentando furar o útero com uma agulha de tricô", disse, em entrevista concedida à Rádio CBN nesta terça-feira, 18. "Quem aborta são meninas 12, 13, 14 anos; é crime hediondo um cidadão estuprar e uma menina de 10, 12 anos e depois querer que mulher tenha o filho", disse Lula. "É preciso, de forma civilizada, discutir. As crianças estão sendo violentadas dentro de casa", acrescentou.

O presidente avaliou que a questão do aborto não é "debate cru", mas uma questão madura que envolve sociedade. "Elas têm o direito de ter comportamento diferente e não querer o filho. Por que uma menina é obrigada a ter um filho do cara que estuprou ela? Que monstro vai sair do ventre dela?"

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Lula disse que seu governo não precisa de tal teste, diante da imposição do Congresso em relação à pauta de costumes. "Não preciso de teste; quem precisa de teste é ele deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), autor do projeto. Queria saber se uma filha dele fosse estuprada, como ele iria se comportar", rebateu.

O presidente da República afirmou não gostar de discutir pautas de costume porque algumas não têm relação com a realidade do Brasil. "O aborto não deveria nem ter entrado em pauta. O tema do Brasil não é esse."

O chefe do Executivo disse que, em vez do conteúdo do projeto, deveriam estar sendo debatidos outros temas, como o de levar educação sexual nas escolas. "Estamos retrocedendo na discussão."

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