O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o País ainda acumula imensa dívida histórica com o passado de escravidão. Em sua avaliação, cabe ao Estado garantir oportunidades iguais a todos.
"Apesar de ocupar o posto de 2ª maior nação negra do planeta, Brasil ainda não acertou contas com o passado de 350 anos de escravidão", disse Lula, em evento voltado à igualdade racial nesta terça-feira, 21. No discurso, o presidente citou medidas tomadas durante os governos petistas de avanço às pautas sociais. "Apesar de todos os esforços e avanços, esse país ainda tem uma imensa dívida histórica."
Para o presidente, nenhum país do mundo será democracia "enquanto a cor da pele das pessoas determinar oportunidades que elas terão ou não ao longo da vida". "Sem cidadania plena, não haverá democracia." De acordo com ele, nos últimos quatro anos, houve uma tentativa de retrocesso ao passado colonial, em referência ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula citou a aprovação do estatuto de Igualdade Racial que, segundo pontuou, demorou para ser aprovado por causa de divergência entre entidades que representavam povo negro. "Companheiros aprovaram e acho que foi um ganho excepcional para o movimento negro brasileiro", comentou, citando também a demora que ocorre na titulação de terras. Ainda, o presidente fez referência à violência contra mulher, bandeira adotada desde a campanha eleitoral. Segundo ele, "sempre há um jeito de aumentar a violência contra a mulher, sobretudo a mulher negra".
Marcaram presença no evento os ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Marina Silva (Meio Ambiente), Anielle Franco (Igualdade Racial), Rui Costa (Casa Civil), Margareth Menezes (Cultura) e Esther Dweck (Gestão), além da primeira-dama, Janja da Silva.
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