MAIS LIDAS
VER TODOS

Cotidiano

Lotadas, festas clandestinas driblam a fiscalização

Organizadores de festas clandestinas têm driblado a fiscalização das autoridades de saúde e de segurança graças às redes sociais e estruturas cada vez mais elaboradas para manter secreto o local do evento. Maria Cristina Megid, diretora da Vigilância Sani

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 14.12.2020, 07:07:00 Editado em 14.12.2020, 07:11:49
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Organizadores de festas clandestinas têm driblado a fiscalização das autoridades de saúde e de segurança graças às redes sociais e estruturas cada vez mais elaboradas para manter secreto o local do evento. Maria Cristina Megid, diretora da Vigilância Sanitária do Estado, reconheceu que não está sendo fácil coibir festas e aglomerações, hoje proibidas em São Paulo.

continua após publicidade

"Tem tido muita dificuldade para identificar esses locais. Temos recebido algumas denúncias e pedido apoio da segurança pública. Conseguimos desmobilizar algumas, mas outras não. Quem tem consciência do momento e sabe que essas festas sãos de risco, denuncie. A identidade será preservada", disse ao Estadão.A população pode denunciar festas clandestinas e outras aglomerações por telefone (3065-4666) e e-mail (secretarias@cvs.saude.sp.gov.br).

Os métodos são semelhantes. O convite fica disponível para visualização de qualquer um no Instagram e no Facebook, com data, horário, preço e o lineup de quem vai tocar. A única informação restrita é o endereço, divulgado só horas antes.

continua após publicidade

O local que aparece no convite nem sempre é o certo. Um promotor de eventos, que pediu anonimato, foi no mês passado à festa LGBT Indústria, realizada duas vezes por mês - uma em SP e outra no Rio. Cada edição ocorre em um local, geralmente longe do centro.

A edição de novembro em São Paulo foi em um sítio próximo da Represa do Guarapiranga, zona sul. "Fomos ao endereço, paramos no estacionamento. Ali havia organizadores espalhados dando informações divergentes. Numa tentativa de despistar a fiscalização, acredito. Indicavam um lugar errado, você se perdia e voltava. Aí indicavam o certo", contou. "Devia ter 4 a 5 mil pessoas. Todas já chegavam sem máscara e não havia distanciamento nenhum. Lá dentro, todo mundo junto, se abraçando, beijando. Como se não existisse o coronavírus."

Na festa da Indústria do dia 6, os organizadores enviaram o endereço falso. Nesse local, um funcionário dizia o lugar certo. O DJ Yan Goedertt divulgou no Instagram vídeo da festa. É possível ver milhares de pessoas aglomeradas, sem máscaras.

continua após publicidade

Na mensagem, o DJ agradece ao organizador Paulo Galdino. Nos materiais de divulgação, há o nome de Galdino, telefone e dados bancários, para depósito do dinheiro do ingresso. O Estadão não conseguiu contato com o organizador.

O promotor de eventos destacou que, por ser clandestina, há uma precariedade nos serviços. "Me informei sobre as pessoas que trabalhavam no evento. Era uma rede de amigos e parentes que estava ali para colaborar. Não eram profissionais. Em um momento, duas pessoas passaram mal em um camarote. Uma amiga, médica, tentou entrar para ajudar e não conseguiu. Depois, apareceram os bombeiros e essas pessoas foram levadas para o que deveria ser um ambulatório. Era uma tenda, com alguns colchões no meio de um gramado, e mais nada."

'Celebrar a vida'

continua após publicidade

A festa Rolezera, que já acontecia eventualmente antes da pandemia, teve edição marcada para o último dia 5. Não informou o local e havia um site, com acesso por senha, para vender ingresso. No WhatsApp, a mensagem dizia: "Não podíamos deixar de juntar nossos amigos pra nos despedir desse ano atípico, né? Celebrar a vida e a amizade, com muita música e energia boa." O organizador e o dono do local estão sujeitos a penas de um mês a um ano de detenção e multa. Já houve no Estado 1,2 mil autuações por aglomeração ou não uso de máscara no comércio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Cotidiano

    Deixe seu comentário sobre: "Lotadas, festas clandestinas driblam a fiscalização"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!