O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que quer que a Polícia Federal (PF) volte a ter 15 mil homens - hoje há 13 mil, segundo ele - e fez um apelo à ministra da Gestão, Esther Dweck, para a abertura de novos concursos. "Drª. Esther Dweck, nós queremos concursos, queremos recursos, queremos gente pra enfrentar a criminalidade", disse Lewandowski na reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com governadores para apresentar o texto da PEC da Segurança Pública, que será enviado ao Congresso.
"Vou veicular uma queixa do Andrei Rodrigues (diretor da PF)", disse o ministro, rindo. "Nós não queremos nada, queremos apenas de volta os 15 mil. Nós somos muito requisitados, precisamos de gente", afirmou o ministro.
Ele disse que a PEC da Segurança Pública estabelece uma polícia ostensiva para a União, tal como os Estados já têm, e também busca padronizar protocolos e dados estatísticos.
Sobre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o texto propõe que a corporação realize o policiamento não só de rodovias, mas também ferrovias e hidrovias federais. "É preciso que tenhamos também o policiamento dessas vias importantes. Onde passam mercadorias passam drogas, armas, tráfico de pessoas", disse Lewandowski.
O ministro disse que a ideia é que todos os órgãos envolvidos na segurança pública "falem a mesma língua" e "tenham a mesma terminologia". Ele destacou que a lei determinou o RG nacional, com número único, até o fim do ano e "nada aconteceu". Em seguida, ele se corrigiu e disse que "nada aconteceu, não, estamos avançando".
"A PEC pretende criar um sistema único de segurança pública à semelhança do SUS. Ninguém nunca reclamou que o SUS interfere na autonomia dos Estados", falou, em resposta às críticas frequentes de governadores.
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