A morte de um adolescente de 14 anos, que injetou uma borboleta amassada com água no corpo chamou a atenção sobre a manipulação de fluidos biológicos de insetos e também a introdução de líquido não estéril no corpo.
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Segundo especialistas ouvidos pelo G1, o grande problema é o fato de que a introdução de qualquer líquido não estéril (sem tratamento adequado para o uso no corpo humano) pode causar infecções graves, especialmente quando há contato com a corrente sanguínea.
"Ao injetar uma substância desconhecida, a pessoa corre o risco de ter reações alérgicas severas, infecções e, em alguns casos, complicações fatais", explica o professor Marcelo Duarte, diretor do Museu de Zoologia da USP e especialista em borboletas e mariposas (lepidoptera).
A manipulação de fluidos biológicos de insetos também pode representar sérios riscos à saúde. Isso porque, as borboletas, como outros insetos, possuem substâncias em seus corpos que não são seguras para o organismo humano.
De forma geral, as borboletas até podem carregar substâncias tóxicas que funcionam como mecanismos de defesa contra predadores.
Entre os exemplos mais conhecidos está a borboleta-monarca, cujas lagartas se alimentam de algodão-de-seda e acumulam compostos tóxicos que afastam predadores.
No entanto, a quantidade dessas toxinas costuma ser muito pequena para representar um risco grave à saúde humana, especialmente por meio de uma injeção acidental.
"As borboletas têm uma biologia complexa, e os fluidos presentes em seus corpos não foram estudados de forma aprofundada quanto à toxicidade para seres humanos", explica Duarte.
As informações são do G1.
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