O levantamento de identificação étnico-racial, por sexo e idade do Censo 2022 aponta que o índice de envelhecimento de pessoas amarelas e pretas está entre os maiores das cinco categorias de cor ou raça mapeadas pela pesquisa.
Esse índice de envelhecimento estabelecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o número de pessoas com 60 anos ou mais de idade em relação a um grupo de 100 pessoas com até 14 anos.
A população mais envelhecida é a de amarelos, que tem 256,5 pessoas com mais de 60 anos para cada 100 pessoas de até 14 anos.
Segundo o IBGE, a idade mediana dessa população é de 44 anos. Em seguida, vem o índice de envelhecimento da população preta, em 108,3, e com idade mediana de 36 anos.
O mesmo índice para os autodeclarados brancos é de 98, com idade mediana de 37 anos; para pardos, de 60,6 e idade mediana de 32 anos; e para indígenas, de 35,6, com idade mediana de 25 anos.
Os indígenas são, portanto, a população com a maior proporção de jovens com até 14 anos no universo analisado.
Uma das coordenadoras do Censo 2022, Marta Antunes observa, ainda, que o porcentual de pessoas autodeclaradas pardas, pretas e indígenas aumentou em todas as faixas etárias no levantamento de 2022 se comparado com o anterior, de 2010. Acontece justamente o contrário com pessoas brancas e amarelas.
Paralelamente, diz Antunes, hoje a população parda é predominante nas faixas etárias de 30 anos para baixo, enquanto os brancos são predominantes de 60 anos em diante.
Esse fenômeno é um indicativo, por exemplo, do que está acontecendo com o mercado de trabalho brasileiro em termos de cor ou raça, uma vez que as pessoas em idade ativa são cada vez mais pardas e menos brancas.
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