A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que irá a Corumbá (MS) na sexta-feira, 28, para averiguar a situação dos incêndios no Pantanal. Tebet, que já foi vice-governadora e deputada estadual de Mato Grosso do Sul, também afirmou que pretende analisar a liberação de créditos extraordinários para combater o fogo.
Segundo ela, o governo já entrou em contato com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), para agendar um encontro. A comitiva terá a participação dos ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional).
"Vamos dar atenção aos dois Estados igualmente, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Mas como maior foco de incêndio neste momento é no Mato Grosso do Sul, mais de 50% no município de Corumbá, na sexta-feira, nós três estaremos e talvez mais alguns ministros estaremos descendo em Corumbá", disse a ministra no Palácio do Planalto.
"Estaremos in loco analisando e levantando todo o diagnóstico que nós ainda não temos, apesar de já estarmos com a sala de situação já na segunda reunião", acrescentou.
A ministra também destacou que os dois governadores decretaram a proibição do manejo controlado de fogo até o fim do ano.
"A partir de agora, qualquer fogo ateado, ainda que em controle de fogo, é considerado crime", disse. "Nós estaremos, junto com as forças do Ministério Público, enfim, dos governos do Estado, responsabilizando criminalmente aqueles que atearem fogo, nesta que é a maior planície alagável do mundo."
Em relação aos créditos extraordinários, Tebet disse que "não vai faltar recursos e orçamentos" para resolver o problema.
"O orçamento vai ser necessário para levar brigadistas, combatentes, aeronaves, água, e tudo mais", afirmou. "Mas não é a questão orçamentária o problema. O problema é o convencimento dos proprietários rurais, das pessoas que ali estão, de que não é possível mais colocar fogo no Pantanal até o final do ano."
Marina Silva também culpou a "ação humana" pelos incêndios e negou que tenha ocorrido "retardo" na ação do governo federal". Segundo ela, "estamos diante de uma das piores situações no Pantanal".
"Aqui nós estamos trabalhando na gestão do risco. Mesmo tendo sido antecipado esse processo da gestão do risco, não sabemos o tamanho do desdobramento do fenômeno que temos pela frente", disse.
Segundo a ministra, mais de 85% dos incêndios estão dentro de propriedades particulares. Já o ministro Waldez Góes disse que mais de 85% dos incêndios estão dentro de propriedades particulares.
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