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Imersão no Castelinho da Apa vira livro com contos de terror

Eles buscam inspiração em meio a mistérios e assombrações. Vinte e cinco escritores se trancaram por uma madrugada de março no castelinho da Rua Apa, construção de 1912 localizada no centro de São Paulo, com objetivo de escrever contos de suspense ou terr

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.04.2022, 08:10:00 Editado em 11.04.2022, 08:16:47
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Eles buscam inspiração em meio a mistérios e assombrações. Vinte e cinco escritores se trancaram por uma madrugada de março no castelinho da Rua Apa, construção de 1912 localizada no centro de São Paulo, com objetivo de escrever contos de suspense ou terror que agora serão reunidos em um livro com previsão de lançamento para julho. O palco do encontro não foi aleatório: há 85 anos, um crime assustou a capital e nunca foi devidamente esclarecido.

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No mês passado, o castelinho recebeu o terceiro encontro do projeto Ghost Story Challenge (Desafio de Histórias Fantasmagóricas, em tradução livre), promovido pela Associação Brasileira dos Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror. Além das imersões, o projeto oferece workshops e talk shows sobre a literatura de mistério permeada por assombrações.

Os autores começaram a escrever às 22 horas e ficaram até as 8 horas do dia seguinte, em uma maratona que rendeu os 25 contos reunidos no livro O Lado Oculto do Castelo, que será lançado em 2 de julho, na Bienal do Livro de 2022, em São Paulo. O primeiro e o segundo encontros, em 2018 e 2019, também viraram obras literárias: Confinados e Numa Floresta Sombria.

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Crime

O famoso castelinho localizado na esquina da Rua Apa com a Avenida São João, perto do Elevado Presidente João Goulart, tem fama de mal-assombrado pela história de crime que carrega. Em 12 de maio, completam-se 85 anos desde que uma mãe e seus dois filhos foram encontrados mortos, ao lado de uma arma, dentro do castelinho.

Na época, em 1937, não houve consenso sobre o responsável pelos assassinatos. A polícia acreditava ter sido um dos irmãos, já os médicos-legistas apontavam que seria o outro. Também despertava desconfiança a posição em que os corpos foram encontrados, lado a lado, e o fato de as balas retiradas do corpo da mãe não serem da mesma arma deixada no local do crime.

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Para os escritores que passaram a noite no local, conhecer a história que ronda o passado do casarão ajudou a entrar no clima de suspense. "Eu não conhecia o castelinho e saber que lá aconteceu um crime influencia bastante na hora da escrita porque cria toda uma atmosfera", diz Jaques Rodrigo Valadares, um dos participantes do encontro.

Já a escritora Taís Ferreira revela que sua mãe contava a história do crime quando ela era criança. "Desde pequena, eu era ligada à literatura e ao sobrenatural. Era um sonho de criança conhecer o castelinho", afirma. "Cheguei a ver o casarão na época em que estava em ruínas, bem abandonado. Depois, vi sendo restaurado. Foi uma alegria muito grande participar desse evento, que juntou o terror, que eu adoro, com a possibilidade de viver essa experiência de conhecer o castelinho por dentro."

O projeto foi ideia de Cláudia Lemes, fundadora da associação e publisher da Rocket Editorial, que há cinco anos se inspirou no desafio original do poeta Lord Byron, no século 19.

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"Esse encontro foi emblemático, porque dessa brincadeira nasceram a história de Frankenstein, escrita por Mary Shelley quando ela tinha apenas 18 anos, e O Vampiro, de John Polidori, que inspirou Drácula", explica a expert.

Ações assistenciais

Desde 1996, o Castelinho da Rua Apa foi concedido à organização não governamental (ONG) Clube de Mães do Brasil.

Maria Eulina Hilsenbeck, presidente da instituição, explica que o espaço atualmente é utilizado para promover a educação ambiental de crianças e para desenvolver projetos voltados à inclusão de pessoas em vulnerabilidade social. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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