A crosta de gelo da lua chamada Europa de Júpiter não está mais no mesmo lugar, apontam imagens da câmera a bordo da nave espacial Juno, da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa). As imagens também revelaram atividades de espécies de jatos de água salgada e rupturas na típica camada de gelo que envolve o satélite.
Em setembro de 2022, Juno fez seu voo mais perto até Europa, a quarta maior entre as 95 luas de Júpiter, e ficou a 355 km da superfície congelada do satélite. Foram feitos registros perto do equador da lua. Europa não tinha fotos de alta resolução desde o voo de Galileu, em 2000.
Cientistas acreditam que um oceano gigante fica abaixo da superfície de gelo da lua. De acordo com a Nasa, a água salgada da lua pode ser um dos melhores lugares para procurar ambientes com possibilidade de existir vida fora da Terra. Esse oceano está associado à teoria de que essa camada é livre e se move. Isso resulta em padrões de fraturas.
Agora, a equipe de Juno encontrou o mesmo padrão no hemisfério sul do satélite, o que significa que a teoria é ainda mais ampla do que se imaginava anteriormente.
As imagens também permitiram reclassificar o que antes se pensava ser uma cratera de impacto, uma das poucas na Europa. Na verdade, trata-se de um conjunto de cristas que se cruzam criando uma sombra oval.
Os cientistas conseguiram flagrar características complexas da superfície que revelam redes de cristas entrecruzadas e manchas escuras de possíveis jatos de água.
Uma delas consiste em uma área de 37 km por 67 km que intrigou pesquisadores. Eles a chamaram de Ornitorrinco por conta de sua forma. A área é caracterizada por um terreno caótico com colinas, cristas proeminentes e material de um tom marrom avermelhado escuro.
Para a equipe de Juno, essas formações reforçam a ideia de que a camada de gelo da lua cede em lugares em que bolsões de água salgada estão abaixo da superfície.
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