O homem de 46 anos, preso preventivamente por estuprar a ex-esposa, já foi condenado por seis tentativas de homicídio em Praia Grande (SP), desde 2019. Apesar de ter que cumprir 37 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado, ainda em 2019, o Superior Tribunal de Justiça concedeu habeas corpus e ele foi solto. O processo continua em grau de recurso.
O crime ocorreu em 13 de maio de 2000, por volta das 2h30, na Avenida Ayrton Senna, em Praia Grande (SP). Na ocasião, Ricardo Guerreiro e um comparsa perseguiram um grupo de homens que se envolveram em uma confusão em uma choperia do Litoral Praia Shopping e saíram do local sem pagar. Dois dos seis ocupantes do veículo foram atingidos pelos disparos, um na região da nuca e outro na cintura e na mão direita.
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A dupla foi presa na cidade de Santos com uma pistola PT 938, calibre .380 ACP, que teria sido usada no crime. "No que pertine as tentativas de homicídio, essa condenação não é definitiva, portanto, há recursos constitucionais em tramitação", disse Eugênio Malavasi, advogado de Ricardo no caso das tentativas de homicídio.
O homem responde ainda por dois processos contra a ex-esposa Juliana Rizzo, de 34 anos, no Foro de Praia Grande, sendo um pela acusação de estupro pelo qual ele foi preso e um por violência doméstica.
ESTUPRO
Durante o casamento, Juliana Rizzo diz que o marido proibia ela de trabalhar e chegou a estuprá-la algumas vezes quando ela estava sob medicação psiquiátrica. "Uma vez eu disse que queria fazer concurso para a Polícia Federal e ele me disse; 'Você não vai. Você não vai ter arma porque você é louca'". Com depressão, ela resolveu buscar ajuda psiquiátrica.
"Estava com depressão pós-parto, em um casamento horrível e a minha mãe estava com um câncer terminal, que ninguém sabia identificar onde era o tumor. Eu não denunciei porque fiquei com medo de ele me matar. Passei a ter crises de ansiedade. Comecei a tomar a medicação e tinha alguns efeitos colaterais, então comecei a me medicar à noite, numa tentativa de dormir pesado".
Segundo Juliana, Ricardo acordava-a no meio da noite, depois de que ela havia ingerido os remédios. "Eu tentava impedir, mas ele não parava. Foram diversas vezes. Alguns dias acordei sangrando, porque ele me machucou. Se eu tinha noção do que estava acontecendo? Algumas vezes, sim, outras nem tanto, mas eu realmente não tinha forças para uma luta corporal." As cenas foram gravadas por uma câmera de segurança que o próprio ex-marido de Juliana instalou na casa. Nas imagens, é possível observar que ela estava dormindo quando Ricardo se aproxima e começa a puxar o corpo dela à força.
Com informações do UOL.
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