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Homem que rasgou notas do carnaval de SP em 2012 é transferido para penitenciária federal

Condenado a mais de 50 anos de prisão por participar de ataques a bancos, Tiago Ciro Tadeu Faria, apelidado de "Gianecchini do crime", por causa de sua semelhança física com o ator, foi transferido da penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior d

Ítalo Lo Re (via Agência Estado)

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Escrito por Ítalo Lo Re (via Agência Estado)
Publicado em 13.06.2023, 19:43:00 Editado em 13.06.2023, 19:47:08
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Condenado a mais de 50 anos de prisão por participar de ataques a bancos, Tiago Ciro Tadeu Faria, apelidado de "Gianecchini do crime", por causa de sua semelhança física com o ator, foi transferido da penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, para uma unidade do Sistema Penitenciário Federal. Ele também ficou conhecido nacionalmente em 2012 por invadir a apuração e rasgar notas dos desfiles das escolas de samba no carnaval de São Paulo.

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Faria foi preso em 2020 pela equipe da 5ª Delegacia de Investigações sobre Roubo a Bancos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil. Na época, investigadores afirmaram que ele teria participado de mega-assaltos - praticados por quadrilhas do chamado "novo cangaço" - contra ao menos duas agências do Banco do Brasil, em Ourinhos e de Botucatu, ambas no interior do Estado.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), Faria foi condenado, no início do ano passado, à pena de 53 anos (em regime inicial fechado) por conta desses crimes. Após julgamento de recurso em março deste ano, a pena definitiva foi fixada em 51 anos, 6 meses e 10 dias de reclusão. Os casos julgados ocorreram em 2020, mas a suspeita é de que ele vinha praticando roubos havia alguns anos.

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No ano passado, Faria foi condenado em primeira instância na Justiça Federal a 19 anos, 8 meses e 25 dias de reclusão, além de ter de pagar 56 dias-multa. O motivo foi um roubo, em 2018, a uma unidade da Caixa Econômica Federal de Bauru, no interior de São Paulo.

Na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), ele é apontado como integrante do movimento que ficou conhecido como o "novo cangaço", em que quadrilhas invadem cidades, normalmente do interior, carregadas com armamentos pesados. Os bancos e caixas eletrônicos, por causa do lucro em potencial, estão entre os principais alvos dos criminosos.

Para a juíza Maria Catarina Souza Martins Fazzio, ficou comprovado que Faria integrava uma "associação de quatro ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com objetivo de obter vantagem econômica, mediante a prática de roubo com emprego de arma de fogo". A reportagem não localizou a defesa de Tiago Ciro Tadeu Faria.

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A informação da transferência de Tiago, que ocorreu no último dia 7, foi confirmada ao Estadão pela Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo. O órgão, porém, não especificou para qual unidade ele foi encaminhado. Atualmente, há presídios federais tipo em cinco cidades: Brasília (DF), Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR).

As unidades do Sistema Penitenciário Federal, que são de segurança máxima, abrigam alguns dos principais criminosos do País, como Marcos Willians Herbas Camacho, o "Marcola", tido como o número 1 do Primeiro Comando da Capital (PCC). Condenado a mais de 300 anos de prisão, ele está na unidade da capital federal desde o início deste ano.

Apuração do desfile das escolas de samba foi interrompida no último quesito em 2012

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Quando a apuração do carnaval paulistano de 2012 estava no último quesito, uma confusão culminou com a invasão de Tiago Tadeu Faria na área onde as notas eram lidas. Ele foi visto tomando um conjunto de papéis das mãos de um funcionário e o rasgou, fugindo do local na sequência. O ato foi sucedido por brigas e até incêndios de carros alegóricos que estavam no estacionamento do Anhembi.

Ele chegou a ser preso pela polícia, mas terminou solto e classificou a agressão como um "ato impensado". Faria se apresentava como membro da diretoria da Império de Casa Verde, vínculo que foi negado pela escola, e já havia sido preso anteriormente por receptação, quando se recebe um produto que é sabidamente fruto de furto ou roubo.

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