Um cuidador de idosos foi preso após matar a colega de trabalho, na casa de pacientes em Goiânia. Segundo informações da Polícia Civil, o autor confessou que cometeu o assassinato após a vítima, Cintia Ribeiro, de 38 anos, se negar a beijá-lo. Os dois trabalhavam juntos há dois dias.
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Ao g1, a Defensoria Pública do Estado de Goiás informou que não vai comentar o caso. O órgão é responsável pela defesa do cuidador de idosos, pois ele não constituiu advogado particular. O homem está preso desde o final da tarde de terça-feira (5), um dia depois do crime.
A Polícia Civil concluiu a investigação e encaminhou o inquérito ao Poder Judiciário na quinta-feira (14). O autor foi indiciado por quatro crimes: feminicídio, ocultação de cadáver, tentativa de estupro e furto.
"Ele matou a vítima estrangulada, isso gera o crime de feminicídio. Foi também indiciado por tentativa de estupro, que ele mesmo relata que tentou beijar a vítima à força. Responde também pela ocultação do cadáver em um lote vizinho, e também pelo furto das alianças e do anel de noivado da vítima, encontrados dentro da carteira dele", disse o delegado Carlos Alfama.
Durante as investigações, a polícia descobriu que o suspeito assediou uma fonoaudióloga momentos depois de matar Cíntia. Os dois crimes aconteceram na mesma casa, em Goiânia.
“Ela relatou que quando entrou na casa por volta de 11 horas, a Cintia já não estava mais, ou seja, ele já tinha matado e ocultado o cadáver. Ela chegou a ser assediada sexualmente ali pelo suspeito que fez comentários inoportunos sobre as roupas dela”, afirmou o delegado.
O caso começou a ser investigado como desaparecimento, denunciado pelo marido de Cíntia. O homem afirmou que levou a esposa para o trabalho, mas que ela não havia voltado para casa e nem atendia o celular.
Segundo a polícia, o suspeito e Cintia cuidavam do mesmo casal de idosos, no Setor Cidade Jardim, em Goiânia. A princípio, o autor tinha dito à família dos idosos que Cíntia não tinha aparecido para trabalhar na última segunda-feira (4), dia do crime.
“A gente buscou câmeras do local e imediatamente nós vimos que ela realmente entrou na casa, então, já tinha algo a se suspeitar contra o cuidador”, disse a delegada da Central de Flagrantes, Lara Soares.
A investigadora acrescentou que o suspeito pediu uma pá a um vizinho, o que também levantou suspeitas. Foi então que a Delegacia de Homicídios foi acionada.
Cintia Ribeiro, que se casou na semana anterior ao crime, trabalhava com os idosos há cerca de seis anos e deixa o marido e quatro filhos.
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