Um homem de 39 anos foi encontrado morto na noite da última terça-feira (2) no Centro de Detenção Provisória (CDP) II de Pinheiros, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). De acordo com as autoridades, o detento, identificado como Wellington da Silva Rosas, matou a própria filha, de 18 anos, em São Paulo.
A morte do detento era investigada pela Polícia Civil, e a equipe de reportagem do Metrópoles apurou, junto à corporação, o motivo do crime. Wellington foi enforcado com uma corda improvisada porque teria tentado supostamente estuprar uma mulher trans, namorada do autor do assassinato. O homem, ao notar a situação, matou Wellington para defender a companheira.
Ainda conforme a Polícia Civil, a cabeleireira Safira Salles de Oliveira, de 26 anos, que se identifica com o gênero feminino, afirmou que foi assediada e alvo de uma suposta tentativa de estupro, cometida por Wellington, na noite da última terça.
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Ela e outros sete presos, entre eles Wellington, foram encaminhados para a enfermaria do CDP 2, após serem retirados de duas celas do “seguro” — carceragem onde detentos são resguardados — para a pintura dos cárceres, solicitada pela Corregedoria da Polícia Penal.
Dos oito presidiários, somente Douglas Ricardo de Oliveira, de 38 anos, foi isolado em uma carceragem dentro da própria enfermaria. Ele e Safira namoram há cerca de três meses.
Safira afirmou em depoimento às autoridades que Wellington havia a assediado na tarde de terça-feira. O episódio ocorreu quando a presa tomava banho, onde o homem teria a dito que ela tinha "uma bunda gostosa". Ele afirmou ainda que queria "a pegar de quatro".
Por conta disso, a cabeleireira avisou seu namorado.
Durante a noite, Wellington teria supostamente tentado estuprar Safira, que estava deitada ao lado da grade da carceragem onde seu namorado estava isolado dos outros detentos.
Ao notar a ação, Douglas conseguiu pegá-lo, colocando os braços para fora das grades, e o enforcou com uma corda improvisada. Ele confessou o homicídio aos policiais e afirmou que fez a corda improvisada durante a tarde de terça, logo após a namorada o alertá-lo sobre o suposto assédio.
Alertados pelos pedidos de ajuda da cabeleireira, agentes penitenciários foram até a enfermaria, onde encontraram Wellington inconsciente, mas, segundo eles, ainda vivo. Segundo as autoridades, ele morreu a caminho do hospital.
O detento morto havia sido preso por assassinar a própria filha, de 18 anos. Ele a afixou, colocou o corpo dela em uma caixa de papelão, mando queimá-lo e escondê-lo em um buraco na Avenida 23 de Maio.
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