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Guia dos EUA sugere que bebê não durma na cama dos pais

Cuidados com os bebês, sejam para os pais de primeira viagem e mesmo para aqueles que já têm alguma experiência, sempre deixam as famílias cheias de dúvidas. Recomendações publicadas neste mês pela Academia Americana de Pediatria apresentam um caminho par

Raphael Preto Pereira, especial para o Estadão (via Agência Estado)

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Escrito por Raphael Preto Pereira, especial para o Estadão (via Agência Estado)
Publicado em 01.07.2022, 17:05:00 Editado em 01.07.2022, 17:11:09
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Cuidados com os bebês, sejam para os pais de primeira viagem e mesmo para aqueles que já têm alguma experiência, sempre deixam as famílias cheias de dúvidas. Recomendações publicadas neste mês pela Academia Americana de Pediatria apresentam um caminho para o que médicos definem como sono seguro, além de orientações sobre o aleitamento materno.

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Conforme as diretrizes publicadas pela entidade, até completar 6 meses o recém-nascido deve dormir no mesmo quarto dos pais, mas em cama separada, com uma superfície plana. A medida, segundo a associação, reduz em 50% o risco de mortes acidentais. A cama deve ter inclinação menor do que 10 graus. Sobre a alimentação nos primeiros anos de vida da criança, o documento reforça a importância do aleitamento materno, sobretudo nos primeiros meses.

Aponta-se a necessidade de amamentação com leite humano até que o bebê tenha, no mínimo, 1 ano de vida. Nos primeiros seis meses, a não ser em casos excepcionais, a alimentação deve ser exclusivamente com leite materno.

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Para Moises Chencinski, membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o aleitamento materno ajuda muito no sono noturno por causa da quantidade de melatonina que o alimento contém. A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, que fica no nosso cérebro e ajuda a promover o início do sono.

"O pico da produção de melatonina acontece à noite e, quando o bebê acorda para mamar, esse fato favorece o seu sono logo a seguir", explica o médico. Ele também explica que o guia do aleitamento materno da academia acabou de alterar a recomendação do tempo de amamentação dos anteriores "um ano ou mais" para "até dois anos ou mais".

O aleitamento, afirmam especialistas, também previne que o bebê tenha diarreia, alergias e até casos de morte durante o sono. E, segundo Chencinski, o leite materno também ajuda a proteger o bebê até contra a covid-19.

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ONDE DORMIR?

Bebês devem dormir em uma superfície plana, firme e livre de brinquedos e cobertores. Carrinhos de bebê ou cadeiras adaptadas em carros não devem ser usadas para o sono rotineiro. Aquele cochilo com o seu bebê no sofá da sala também não é aconselhável. Dormir em qualquer superfície macia, como sofás ou colchões d'água, aumenta substancialmente o risco de lesão não intencional.

Neste caso, o órgão americano faz um alerta. "Evidências sugerem que é relativamente menos perigoso (mas ainda não recomendado) adormecer com a criança na cama de adulto do que em um sofá ou poltrona, caso os pais adormeçam." A academia americana também não recomenda a compra de monitores cardíacos, afirmando que eles "não são suficientes" para garantir um sono tranquilo.

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Gustavo Sampaio, presidente do Departamento Científico do Sono da SBP, endossa o veto à aquisição. "Esses monitores apitam a cada modificação do oxigênio no sangue e é comum que ele varie durante a noite. É a velha história do Pedro e o lobo: ele toca tanto que a hora que for importante ninguém vai acreditar."

Ambos os especialistas também reforçam a importância do pré-natal, Sampaio explica que é neste momento que a mãe será mais orientada sob medidas de proteção à criança, além de questões relacionadas à imunização, como vacinas. No Brasil, todo esse tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de graça, e também pelos planos de saúde.

COMO PROTEGER DO FRIO?

Conforme o guia americano, aquecer o bebê com camadas de roupas também é preferível a usar cobertores, por reduzirem o risco de sufocamento. Cobertores vestíveis podem ser usados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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