Pelo menos 13 pessoas foram presas até o fim da manhã desta terça-feira, 6, durante a Operação Decurio, da Polícia Civil de São Paulo, que combate uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas e na lavagem de dinheiro, com infiltração no serviço público de diferentes cidades do Estado. Ao todo, os agentes tentam cumprir 20 mandados de prisão e 60 de busca e apreensão em 15 municípios paulistas.
Além das prisões, os policiais apreenderam 20 celulares, sete veículos, três armas de fogo, R$ 25 mil e US$ 4,6 mil (cerca de R$ 26 mil, na cotação atual), e também relógios de luxo. A 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Direitos da Capital, que expediu os mandados, autorizou ainda o bloqueio de mais de R$ 8 bilhões das contas dos investigados - os nomes não foram informados e reportagem não conseguiu localizar os acusados. Segundo a Polícia, ao menos uma servidora municipal foi identificada como integrante do alto escalão da organização criminosa.
A operação Decurio é coordenada pela Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes e conta com a atuação de 400 policiais nas cidades de São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Guarulhos, Santo André, São Caetano do Sul, Mauá, Santos, Praia Grande, Mongaguá, Ubatuba, São José dos Campos, Sorocaba e Campinas.
Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram após a prisão de uma mulher que guardava drogas na região de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Os agentes descobriram que ela era mulher de um líder de uma facção criminosa e que atuava levando mensagens dos presos dessa facção para criminosos nas ruas.
Por meio da apreensão de cartas, documentos e aparelhos eletrônicos, foi possível identificar um esquema estruturado para lavar dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Os investigadores também encontraram um projeto que previa a inclusão de integrantes da quadrilha nas eleições municipais, com a inscrição de candidatos aos cargos em disputa.
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