Uma advogada foi presa nessa quarta-feira (20) suspeita de envenenar e matar o ex-sogro e a mãe dele em Goiânia, Goiás. A Polícia Civil (PC) investigou o caso e, inicialmente, acreditava-se que mãe e filho, identificados como Luzia Alves, de 86 anos, e Leonardo Pereira Alves, de 58, sofreram complicações por uma intoxicação alimentar causada por um bolo de uma doceria da capital, contudo a versão foi descartada.
A suspeita, identificada como Amanda Partata, envenenou os familiares do ex-companheiro. O delegado que está à frente do caso trabalha com a hipótese da mulher ser psicopata.
“O caso é bem complexo, envolve um grau de psicopatia. Vamos ouvir novamente a Amanda, porque existem detalhes relevantes, inclusive de outros crimes relacionados à investigada. O que nós adiantamos é que, de fato, se trata de um duplo homicídio por envenenamento”, afirmou.
Ao ser presa, Amanda negou ter envenenado o ex-sogro e a mãe dele. "Eu não fiz isso", disse ela várias vezes, que também alegou estar grávida.
O advogado da família conversou com a imprensa e revelou que Amanda teve um relacionamento íntimo com o filho de Leonardo por cerca de três meses. Contudo, o rapaz decidiu terminar a relação amigavelmente, há dois meses.
A mulher teria, então, revelado que está grávida do rapaz e, por isso, continuava frequentando o ambiente familiar, apesar de já não ser mais a companheira do filho de Leonardo. “Quando ela falou que estava grávida e mandou um exame, ele [o filho de Leonardo] disse que ia assumir, a família toda acolheu [...] O que nós não conseguimos entender é porque alguém iria querer matar o pai do próprio filho, ou o avô, realmente deve ser alguma psicopatia”, afirmou o advogado Luís Gustavo Nicoli em uma entrevista ao G1.
O caso
As autoridades passaram a investigar as mortes de Leonardo e Luzia na segunda-feira (18). Mãe e filho morreram no domingo (17) quando estavam internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia. Inclusive, por conta da gravidade, a idosa precisou ser internada em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Em um boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar (PM) consta que a ex-nora de Leonardo comprou o doce e outros alimentos para um café da manhã com a família na manhã de domingo.
Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de também apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados, mas os dois não resistiram e morreram.
A ex-nora, também conforme relato, comeu a sobremesa em menor quantidade. Ela estava indo para Itumbiara, quando também começou a sentir os sintomas e retornou à capital.
Até então, a família acreditava que o doce havia causado as mortes por estar contaminado e, por isso, exigiu a investigação. A polícia e outros órgãos de fiscalização, como o Procon Goiás, visitaram as unidades da empresa de doces para averiguar os produtos, em busca de irregularidades e evidências da contaminação.
Ainda na segunda-feira (18), o Procon Goiás publicou uma nota dizendo: “Os agentes verificaram informações contidas nas embalagens, datas de fabricação e validade, acomodação e refrigeração dos doces e, nesta ocasião, não foi constatada nenhuma irregularidade nos produtos fiscalizados. As informações e documentação foram repassadas para a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, que segue com as apurações”.
Com informações do G1.
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