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Governo do Pará amplia toque de recolher e aumenta restrição ao comércio

Diante da crescente demanda de casos de covid-19 no Pará, o governo do Estado vai impor regras mais rígidas, a partir da meia-noite desta terça-feira, 9. O toque de recolher, decretado na última quarta-feira, 4, passa a ter o horário estendido por mais um

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.03.2021, 08:18:00 Editado em 10.03.2021, 08:22:42
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Diante da crescente demanda de casos de covid-19 no Pará, o governo do Estado vai impor regras mais rígidas, a partir da meia-noite desta terça-feira, 9. O toque de recolher, decretado na última quarta-feira, 4, passa a ter o horário estendido por mais uma hora. Agora, quem estiver nas ruas a partir das 21h pode pagar multa, caso não apresente justificativa profissional para estar fora de casa. Outras medidas mais severas adotadas são as restrições de horários de shoppings centers e do comércio de rua. Além disso, academias de ginástica e cinemas ficam impedidos de funcionar.

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As medidas valem para os próximos sete dias, em todo território paraense, que segue com o bandeiramento vermelho - de alerta máximo à pandemia. A ampliação das restrições do Decreto 800 foi anunciada, em coletiva à imprensa, na noite desta terça, pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) e pelos prefeitos dos municípios da região metropolitana de Belém. As restrições vêm após avaliação feita pela Secretaria de Estado de Saúde Pública, em conjunto com os demais órgãos que fazem parte do programa Retoma Pará, que debatem ações responsáveis pela retomada e controle de atividades econômicas durante a pandemia.

Com as novas restrições, os shoppings abrem as portas de 11h às 19h e o comércio de rua 10 às 17h. "É importante ressaltar que não estamos restringindo, de qualquer forma, as atividades. É um momento delicado, entre a economia e a saúde. Mas medidas são necessárias, assim como a consciência das pessoas também", ressaltou o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL).

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Apesar de as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital estarem passando por desconforto no atendimento, onde algumas delas, durante o final de semana fecharam as portas para atender à demanda de pacientes de covid-19, o governador afirma que a rede estadual de saúde garante atendimento necessário à população. "O Pará é um dos cinco Estados do Brasil que não têm fila de espera. Mas isso não nos deixa confortáveis para afrouxar os protocolos de segurança e higiene. As restrições são necessárias para não entrarmos em colapso no sistema de saúde", observou Barbalho.

No Pará fica autorizado, também, o funcionamento de instituições religiosas, com ocupação máxima de até 50%, de acordo com a capacidade do ambiente, assim como serviços delivery e "pegue e pague", sem restrição de horário, para aquisição de medicamentos e gêneros alimentícios ou comida pronta, não incluída venda de bebidas alcoólicas.

As escolas públicas vão manter as aulas suspensas, segundo o governador. Já as escolas particulares continuam autorizadas a funcionar, se respeitarem os protocolos sanitários de segurança. Serviços de transporte por aplicativo seguem autorizados, por serem considerados essenciais, desde que cumpram os protocolos de segurança estabelecidos pelo decreto, incluindo a exigência de apresentação do documento que comprove a necessidade essencial do deslocamento pelo passageiro.

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Desde que as medidas foram adotadas, em sete dias, foram registradas 62 infrações de pessoas que desobedeceram às regras impostas para impedir o avanço da pandemia. "Desde o início da pandemia disponibilizamos no site da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) uma autodeclaração de exercício de atividade essencial para auxiliar na comprovação da essencialidade do deslocamento. O mesmo documento está disponível na página eletrônica e pode ser usado como documento comprobatório", informou o procurador-geral.

Ocupação de leitos de UTI

O Pará já registra 9.084 mortes por covid e 377.51 casos confirmados. Nesta terça-feira, o Estado contava com a ocupação de 76,59% dos leitos de UTIs e de 51,4% dos clínicos. "Temos agido para ofertar o mais rápido possível a ampliação de leitos. Nesta semana, já abrimos 234. Apenas na capital, abrimos na Santa Casa de Misericórdia, estamos abrindo no Hospital das Clínicas (Gaspar Vianna), e anunciamos, agora, que, a partir de amanhã (quarta-feira, 10), o hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, volta a atender os pacientes com covid", ressaltou Barbalho. Durante 2020, o Abelardo Santos mudou o seu perfil de atendimento e passou a ser exclusivo ao novo coronavírus.

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Conforme Marcel Nascimento Botelho, reitor da Universidade Federal Rural da Amazônia, que coordena o acompanhamento da evolução da pandemia no Estado, os casos vêm aumentando. "Hoje os hospitais conseguem atender a população, mas, vemos, por meio dos dados, que o fluxo vem aumentando consideravelmente, sobretudo na região metropolitana, que precisa de mais leitos. Não é momento de relaxar e descuidar das medidas restritivas", alertou.

Antes do toque de recolher, grupos religiosos estão fazendo correntes de oração em frente a hospitais públicos e privados da capital paraense. A evangélica Igreja Batista Angelim, no bairro do Marco, é uma das pioneiras da ação. O objetivo é levar esperança aos pacientes, familiares e aos profissionais de saúde. O grupo marca a rota, de três a cinco hospitais por ação, por meio de um grupo no aplicativo de mensagens WhatsApp. No local combinado, cada um em frente a seu carro, para evitar aglomeração, ora e leva mensagens de fé.

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